17 de julho de 2014

DANÇAS FOLCLÓRICAS

Tipos de Dança

Balé Clássico | Dança Folclórica | Dança Moderna | 
Dança Popular | Maxixe | Quadrilha | 
Sapateado | Valsa 

         Existem duas espécies mais importantes de dança: a teatral e a social.
         A teatral é encenada para entretenimento de espectadores. Dentro dela encontramos o balé, a dança moderna, danças folclóricas, os bailados dos musicais e o sapateado.
         Na dança social, os participantes dançam para o seu próprio prazer.
         Todos os tipos de dança envolvem movimento, energia, ritmo e criação. Movimento é a ação dos bailarinos quando usam o corpo para criar formas ordenadas; a energia fornece a força necessária para executar o movimento; ritmo é o padrão de tempo em torno do qual se realiza o movimento e a criação está relacionada com a forma visual apresentada pelo movimento do corpo do bailarino.

Danças Folclóricas

Baião | Cateretê | Coco Alagoano | Congada | Drmes | 
Fandango |Frevo | Hayivky | Hochzeitstanz | Krakowiak | 
Maracatu |Polca Natalina | Reisado | 
Tarantela | Xaxado

         É uma forma de dança social que se desenvolveu como parte dos costumes e tradições de um povo e são transmitidas de geração em geração. Muitas danças exigem pares, outras são executadas em roda, às vezes se colocam em fileiras. Embora as danças folclóricas sejam preservadas pela repetição, vão mudando com o tempo, mas os passos básicos e a música assemelhem-se ao estilo original. Todos os países têm algum tipo de dança folclórica e a maioria pertence apenas a sua nação, como por exemplo: a tarantela, italiana, o drmes, croata ou o krakowiak, polonês e o frevo brasileiro. Algumas são executadas em ocasiões especiais, como a polca de Natal sueca, a hayivka, dança da Páscoa ucraniana, a hochzeitstanz, dança austríaca de casamento e o reisado brasileiro, que festeja a véspera do dia de Reis.

01. Baião

         Dança e canto típico do Nordeste, inicialmente era o nome de um tipo de festa, onde havia muita dança e melodias tocadas em violas. Este gênero musical que era restrito ao sertão nordestino, passou a ser conhecido em todo Brasil, por intermédio do sanfoneiro pernambucano Luiz Gonzaga, quando gravou em 1946, seu primeiro grande sucesso Baião. A partir daí e até meados da década de 1950, este ritmo tomou conta do Brasil e vários artistas começaram a gravar o baião. Em 1950, este gênero musical também passou a ser conhecido internacionalmente, o baião Delicado do instrumentista e compositor Valdir Azevedo, recebeu várias orquestrações de maestros americanos. O baião só perdeu o seu reinado com a aparecimento da bossa nova, mesmo assim ainda se sente sua influencia em muitos compositores até os dia de hoje. Com seu ritmo binário e suas melodias a fazer muito sucesso no nordeste.

Baião
Eu vou mostrá pra vocês
Como se dança um baião
E quem quiser aprender
É favor prestar atenção
Morena chegue pra cá
Bem junto ao meu coração
Agora é só me seguir
Pois eu vou dançar o baião
Eu já dancei balanceio
Chamego, samba e xerém
Mas o baião tem um quê
Que as outras danças não tem
Quem quiser é só dizer
Pois eu com satisfação
Vou dançar cantando o baião
Eu já dancei no Pará
Toquei sanfona em Belém
Cantei lá no Ceará
E sei o que me convém
Por isso eu quero afirmar
Com toda convicção
Que sou louco pelo baião  

Delicado
Querendo um baiãozinho
Que seja bem gostosinho
Que seja delicadinho
Escute com atenção
Aqui está o baião
Falando ao coração
Veja
como ele é tão delicado
Faz até pensar
No amor que ficou no passado
Eu sei
Que o mundo inteiro vai me dar razão
Pois
Levo a consolação do tal amor
O qual alguém perdeu outrora
Que o baião vai lembrar agora
O nome sempre varia
Pra uns o nome é Maria
Glorinha, Rute ou Aurora
A todos
O nome é inesquecível
Esta é a verdade
Embora pareça incrível
Eu provo
E todos vivem sempre a esconder
Ouça
O que o amor pode fazer
Faz gemer assim
Ui, ui, ui, ui, ui
Ai, ai, ai, ai, ai
Ninguém
Deve esconder muito a sua dor
Porque
Assim mais cresce ainda o mal do amor
Fingir
Que é feliz é uma ilusão
Só magoa o coração
Faça sempre assim
Ui, ui, ui, ui, ui
Ai, ai, ai, ai, ai
Verás que é mais gozado
E quando terminado
Virá pedir outro baião

02. Cateretê

         Também chamado catira, cateretê, é uma dança de origem indígena e dançada em muitos estados brasileiros. Foi bastante usada pelo Padre Anchieta que em sua catequese, traduziu para a língua tupi alguns textos católicos, assim enquanto os índios dançavam, cantavam trechos religiosos, por este fato é que muitos caipiras paulistas consideram muitas danças diabólicas, menos o cateretê. Os trajes usados são as roupas comuns de todo o dia. A dança varia em cada região do país, mas geralmente são dançadas em duas fileiras formadas por homens de um lado e mulheres do outro, que batem o pé ao som de palmas e violas. Também pode ser dançada só por homens. As melodias são cantadas pelos violeiros.

03. Coco Alagoano

         Dança típica de Alagoas, de origem africana, que se espalhou por todo o Nordeste recebendo nomes e formas de coreografias diferentes. A dança é cantada e acompanhada pela batida dos pés ou pela vibração do patear dos cavalos. O mestre ou o tocador de coco entoa as cantigas cujo refrão é respondido pelos cantadores.


04. Congada

         Bailado popular que acontece em algumas regiões do Sudeste brasileiro, como nos estados do Paraná e Minas Gerais, como também no Nordeste, na Paraíba. Esta manifestação cultural tem origem no catolicismo e nas sangrentas histórias de guerra do povo africano, como a do assassinato do rei de Angola, Gola Bândi. Na congada dramatizam uma procissão de escravos feiticeiros, capatazes, damas de companhia e guerreiros que levam a rainha e o rei negro até a igreja, onde serão coroados. Durante o cortejo, ao som de violas, atabaques e reco-recos, realizam danças com movimentos que simulam uma guerra.

05. Drmes

         Drmes é uma dança típica do noroeste da Croácia. Atualmente, só é apresentado em casamentos ou outras celebrações e, geralmente dançado por dançarinos mais velhos, em pares ou em pequenos círculos de três ou quatro pessoas. Drmes também é executado por grupos de amadores que selecionam uma melodia e alguns movimentos de antigas performances para serem apresentadas em audiências em museus. Às vezes, grupos de cidades vizinhas escolhem uma mesma melodia e realizam um desafio de dança.

06. Fandango

         Dança popular gaúcha, de origem portuguesa, também conhecida no Norte e Nordeste como Marujada. Ao som da viola ou da sanfona, o grupo de dança mistura cantigas náuticas, de origens que retratam as conquistas marítimas e o heroísmo dos navegadores portugueses, e o sapateado. Esse bailado não possui enredo ordenado, mas a apresentação do auto começa sempre com a chegada de uma miniatura de barco à vela puxado pela tripulação, que é formada pelos componentes do grupo de dança.

07. Frevo

         Dança e música típica do carnaval de rua e salão de Recife, Pernambuco. Essencialmente rítmica, de coreografia individual e andamento rápido. Seus dançarinos, chamados passistas, se vestem com fantasias coloridas e agitam pequenos guarda-chuvas com função somente estética. Alguns pesquisadores dizem que o frevo possui elementos de várias danças como marcha, polca ou maxixe, outros pensam que ele foi influenciado pela capoeira. O frevo não é cantando, sua música só é executada por instrumentos de sopro e surdos, que formam a orquestra do frevo conhecida como Fanfarra.

08. Hayivky
  
         Nos domingos de Páscoa, meninas dançam a hayivky em frente a igrejas ou em cemitérios. Em outros tempos, acreditavam que esses tipos de danças e canções tinham uma função mágica, como atrair a primavera e espantar o inverno. Em suas representações, personificavam o enterro das geadas e do frio, também imitavam o plantio e o crescimento dos frutos e tentavam garantir uma abundante colheita através da mágica da música, palavras e dança. Tentavam atrair ainda os bons espíritos da natureza renascida, para dar-lhes sorte e saúde. Algumas vezes, os bailarinos andam em um círculo imitando os movimentos do sol no céu, outras vezes seus gestos mostram a continuidade da vida humana na terra.

09. Hochzeitstanz

         Dança folclórica, algumas vezes apresentada após a realização do casamento na igreja. Antigamente, esta dança era realizada em todos os casamentos. É dançada por quatro ou até oito casais. Após a performance, os dançarinos em fila cumprimentam os noivos.

10. Krakowiak

         Krakowiak é a segunda mais antiga dança nacional polonesa (após a Polonaise - oChodzony). Possui características de dança da guerra com seu ritmo vivo e selvagem uma vez que conta, através de seus movimentos e cantos, a história da suposta invasão da cavalaria turca na cidade de Cracóvia (antiga capital). Inicialmente, foi dançada somente por homens e dependendo da região do país também era conhecida por outros nomes como Skalmierzak (Skalmierz), Wisliczak (Wislica) e Proszowiak (Proszowice). Existe a suposição de queKrakowiak passou a ser considerada uma dança nacional polonesa em 1596, com a mudança da capital de Cracóvia para Varsóvia. Ela representa a alegria, o orgulho e a perseverança do povo polonês.
11. Maracatu

         Dança típica do Nordeste, principalmente de Pernambuco. Maracatu é um termo africano que significa dança ou batuque, no qual um grupo de adeptos das religiões afro-brasileiras saem fantasiados às ruas para fazer saudações aos orixás, em um cortejo carnavalesco onde reis, rainhas, princesas, índios emplumados e baianas cruzam as ruas dançando, pulando e passando de mão em mão a calunga, boneca de pano enfeitada presa num bastão. O ritmo frenético que acompanha o maracatu teve origem nas Congadas, cerimônias de escolha e coroação do rei e da rainha da "nação" negra. Ao primeiro acorde do maracatu, a rainha ergue a calunga para abençoar a "nação". Atrás vão os personagens, com chapéus imensos, evoluindo em círculos e seguindo a procissão recitando versos que evocam histórias regionais

12. Polca Natalina

         Alegre, cheia de vida e feliz, é esta polca sueca executada pela família em torno da árvore de Natal. É normalmente dançada ao som de cantos entoados pelos participantes da festa, sem acompanhamento de instrumentos, e algumas vezes a dança e o canto fazem parte das tradições das comunidades rurais.

13. Reisado

         Dança popular profana-religiosa, de origem portuguesa, com que se festeja a véspera e o Dia de Reis. No período de 24 de dezembro a 06 de janeiro, um grupo formado por músicos, cantores e dançadores vão de porta em porta anunciando a chegada do Messias e fazendo louvações aos donos das casas por onde passam e dançam. O Reisado é de origem portuguesa e instalou-se em Sergipe no período colonial. Atualmente, é dançado em qualquer época do ano, os temas de seu enredo, variam de acordo com o local e a época em que são encenados, podem ser: amor, guerra, religião entre outros. O Reisado se compõe de várias partes e tem diversos personagens como o rei, o mestre, contramestre, figuras e moleques. Os instrumentos que acompanham o grupo são violão, sanfona, ganzá, zabumba, triângulo e pandeiro.

14. Tarantela

         Dança folclórica, típica das regiões do sul da Itália, cujo nome provém de uma lenda. Conta-se que no século XIV, na Europa, mais precisamente em regiões da Itália, havia muitas aranhas denominadas Tarântulas. Sua picada causava febre alta e delírio, fazendo o doente pular e dançar até esgotar-se, na tentativa de expulsar completamente de seu corpo o mal produzido pelo veneno da aranha.

         Diz a lenda que para o doente sobreviver a esta picada teria que dançar ao ritmo da música Tarantela, surgindo assim a dança de mesmo nome. Com o passar dos anos, esta dança tornou-se indispensável nas festas de súplicas e agradecimentos. É apresentada em pares, marcada por andamentos rápidos e exuberantes. Hoje, através de formas estilizadas, podemos encontrá-la como bale ou interlúdios de operetas musicais.
 
15. Xaxado

         Dança popular do sertão nordestino, cujo nome foi dado devido ao som do ruído que as sandálias dos cangaceiros faziam ao arrastarem sobre o solo durante as comemorações celebradas nos momentos de glória do grupo de "Lampião", considerado entre outras denominações o "Rei do Cangaço. É dançada somente por homens, razão pela qual nunca se tornou uma dança de salão. Primeiramente a melodia era apenas cantada e o tempo forte marcado pela batida de um rifle no chão, as letras eram e continuam satíricas. O grande divulgador do xaxado foi Luís Gonzaga, que conseguiu que este gênero fosse tocado nas rádios, televisões e teatros.

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