10 de setembro de 2014

TEATRO DE BONECOS:


Das marionetes ao teatro de sombras
Cada tipo de boneco tem suas características específicas e exige sua linguagem dramática especial

As marionetes são movimentadas por cordões ou fios que vão dos membros para uma cruzeta de controle na mão do manipulador fonte: deviantart
teatro de bonecos é uma das expressões artísticas mais antigas de que se tem notícias. Conta-se sua origem desde a mais remota antiguidade. Estudos apontam que, na Pré-História, os homens se divertiam com suas sombras, movimentando-se nas paredes das cavernas. Inclusive o teatro de dedos, em que as mães entretinham seus filhos movendo as mãos e descobrindo diversas sombras com silhuetas interessantes.
Egípcios, gregos e romanos, todos encenavam espetáculos com bonecos articulados. Alguns com conotação puramente artística, outros com conotações religiosas, principalmente na Idade Média. Contudo, mais tarde, estes bonecos eram utilizados para fazerem críticas às autoridades religiosas. Por isso, os intérpretes foram duramente perseguidos.
 “Mímicateatro de sombras, fantoches, marionetes, teatro com os dedos e teatro de recortes são atividades artísticas que se aproximam do teatro e que as crianças apreciam muito”, afirma a professora Maria Cortes, do curso Teatro na Educação Infantil, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas.
 Os bonecos manipulados por fios – marionetes – surgiram logo após a Primeira Guerra e, em pouco tempo, esta novidade se espalhou pelo mundo, principalmente, nas escolas. Foi no século XVI que os bonecos começaram a ser utilizados no Brasil. No Nordeste, estes bonecos tiveram melhor aceitação, onde até hoje constituem tradição, principalmente, os mamulengos de Pernamb
Há uma grande variedade de bonecos. Cada tipo tem suas características específicas e exige sua linguagem dramática especial. Certos tipos só se desenvolvem sob determinadas condições culturais e geográficas. Os tipos mais importantes são assim classificados em:

Técnicas de Manipulação
Diversas técnicas e mecanismos de manipulação foram desenvolvidos ao longo da história do Teatro de Bonecos e, atualmente, uma série de outros métodos tem sido incorporados na construção e manipulação, além de técnicas mistas e experimentais. Suas especificidades envolvem tanto questões técnicas e práticas de funcionabilidade de mecanismos quanto concepções estéticas e dramatúrgicas do Teatro de Bonecos.
Veja abaixo algumas técnicas básicas e tradicionais de manipulação:

Boneco de Luva [Fantoche]
Boneco que o manipulador calça na mão, como os mamulengos. Normalmente, possui corpo de tecido onde o indicador manipula a cabeça e dedos polegar e médio manipulam braços.
Cabeça e mãos podem ser esculpidas ou modeladas em diversos tipos de materiais, no mamulengo é mais comum o uso de madeira e papel machê.
A principal característica da manipulação de bonecos de luva é a agilidade dos movimentos, apesar das limitações de movimentos dos braços do boneco.
Outras variações de manipulação de luva são aquelas em que a mão do manipulador articula a boca do boneco, além dos dedoches e a técnica de luva cruzada.
 São bonecos que possuem corpo de tecido, vazio, que o manipulador veste na mão. Este encaixa os dedos na cabeça e nos braços do boneco para movimentá-los. A figura é vista só da cintura para cima e, geralmente, não tem pernas. A cabeça pode ser feita de madeira, papier-maché, ou borracha, as mãos são de madeira ou de feltro. O modo de operação mais comum é usar o dedo indicador para a cabeça e o polegar e o dedo máximo para os braços. Para apresentá-los, é interessante que o manipulador esconda seu corpo, deixando à mostra apenas o boneco. Existem estruturas ideais para a encenação destes bonecos, que se assemelha a uma pequena casa com tamanho suficiente para comportar duas ou três pessoas no seu interior.

Marionete ou Boneco de Fio
 Ao contrário dos anteriores, estes bonecos são controlados por cima. Normalmente, são movimentados por cordões ou fios que vão dos membros para uma cruzeta de controle na mão do manipulador. O movimento é feito por meio da inclinação ou oscilação da cruzeta de controle, mas os fios são puxados um a um, quando se deseja um determinado movimento. Uma marionete simples pode chegar a ter nove fios: um em cada perna, um em cada mão, um em cada ombro, um em cada orelha (para mexer a cabeça) e um na base da coluna para fazer o boneco se inclinar. Existem bonecos, encontrados na Europa, capazes de imitar, praticamente, todos os movimentos humanos ou de animais.
Boneco de fio ou marionete , do termo francês “marionete”, tipo de boneco manipulado por fios ou cabos, conectados a uma estrutura de madeira [cruz]. A manipulação é feita por movimentos e mecanismos da cruz ou manipulando diretamente os fios.
Uma característica da marionete é a possibilidade de coordenar peso [altura], eixos e pernas do boneco em apenas uma mão que manipula a cruz, deixando livre a outra mão para manipular outros fios e mecanismos. A manipulação de bonecos de fio é uma técnica delicada que requer prática e apurado conhecimento do boneco, seus eixos, mecanismos e possibilidades de movimentos.
Uma marionete simples pode chegar a ter nove fios: um em cada perna, um em cada mão, um em cada ombro, um em cada orelha (eixo da cabeça) e um na base da coluna, para inclinação do tronco do boneco. Movimentos mais detalhados podem exigir o dobro ou o triplo desse número. As marionetes são capazes de representar praticamente todos os movimentos humanos ou de animais, além de diversas outras possibilidades de articulações específicas a cada boneco.

Boneco de Vara
Mecanismo de manipulação por varas ou hastes, pode ser um objeto acoplado às varas ou bonecos projetados com mecanismos de boca e olhos. No caso de bonecos de figura humana, normalmente, possui uma vara como eixo central e outras duas para os braços.
Na manipulação, pode se obter tanto movimentos bruscos quanto delicados, uma dificuldade pode estar relacionada a sustentar o peso do boneco para que mantenha os eixos, conciliando com a manipulação das varas. Em bonecos mais complexos e pesados pode ser necessário mais de um manipulador para operar todos os mecanismos.
Uma variação do boneco de vara é o tringle, que se caracteriza por ser um boneco com uma vara fixa, normalmente na cabeça e manipulado por cima do boneco. O boneco de tringle possibilita movimentos extremamente rápidos, bruscos e pausados.
 São bonecos manipulados por baixo, mas de tamanho grande, sustentadas por uma vara que atravessa todo o corpo, até a cabeça. Outras varas mais finas podem ser usadas para movimentar as mãos e, se necessário, as pernas. Em geral, o boneco de vara é adequado a peças de ritmo lento e solene, mas são muitas as suas potencialidades e grande a sua variedade. Porém é muito exigente quanto ao número de manipulares, exigindo sempre uma pessoa por boneco, e às vezes duas ou três para uma única figura.

 Dedoches
 O dedoche é um boneco muito semelhante ao fantoche, com a diferença que é no tamanho dos dedos. Podem ser feito com os mesmos materiais que utilizamos nos fantoches: feltro, tecido ou outro material alternativo. A criatividade é o mais importante em recursos como estes. Outra possibilidade é fazer dos dedos os próprios personagens, ou seja, desenhar nos dedos: olhos, boca, nariz e encenar as mais divertidas histórias.
As histórias feitas com mamulengos são quase sempre improvisadas, vão tomando forma na mão do mestre durante o espetáculo fonte: deviantart

Mamulengos
 Esses bonecos são encontrados em Pernambuco. As histórias feitas com mamulengos são quase sempre improvisadas, vão tomando forma na mão do mestre durante o espetáculo. As apresentações acontecem sempre com muita dança e muita música ao vivo. Um espetáculo pode contar com a ajuda de um contramestre nas cenas com muitos bonecos. Como as apresentações são encenadas na rua, os bonecos e cenários chamados de barraca, torda, empanada ou tenda são dobráveis e fáceis de transportar. A cabeça do Mamulengo é entalhada no mulungu, uma madeira leve e resistente, e o corpo é feito com tecidos estampados e de cores fortes. Na mala portátil do mestre: boi, cobra, um herói (Benedito), sua namorada, um capitão ou coronel, um padre e um diabo, personagens típicos desse tipo de encenação.
Todos estes bonecos, quando utilizados nas escolas, orientados pelo professor, tornam-se valiosos instrumentos, no que se refere à linguagem oral e escrita, pois, assim que um boneco está pronto, a criança sente o desejo de animá-lo e ao tentar manipulá-lo, estimulada pela novidade, junta a palavra ao movimento.

Boneco de Manipulação Direta [Bunraku]
Inspirado no Bunraku, uma técnica tradicional de Teatro Japonês, o boneco de manipulação direta, originalmente, é manipulado à vista da plateia e sincronicamente por três pessoas, a manipulação se dá pelo contato direto com o boneco.
Um manipulador controla e direciona a cabeça e seus mecanismos enquanto sustenta o peso do boneco pelo quadril, um segundo manipulador manipula os braços e o terceiro os pés. A coordenação entre esses três artistas exige um longo e rigoroso treinamento de manipulação.

Boneco de Balcão
O boneco de balcão é uma variação da manipulação direta, porém, os manipuladores não tocam diretamente no boneco. É manipulado em uma mesa, bancada ou balcão e, normalmente, possui um mecanismo central em suas costas ou cabeça, o que possibilita a coordenação de peso e eixo em apenas uma mão. Mãos e braços do boneco podem ter mecanismos que são articulados pelo cotovelo.
Uma das grandes vantagens do boneco de balcão é a possibilidade de mecanismos da cabeça e do pescoço serem manipulados no interior do boneco, além da manipulação por apenas um ou dois manipuladores.

Boneco de Sombra [Silhueta]
 É um estilo muito próximo às projeções dos homens das cavernas. É uma projeção de sombras em um telão semitransparente. São cortadas silhuetas de figuras de bichos, de plantas, de animais, entre outros, em materiais opacos, papéis de textura mais grossa, como papel cartão, papelão, ou outro material alternativo que exerça a mesma função de firmeza. Elas podem ser operadas por baixo, com varas, como no teatro javanês; com varas que ficam em ângulo reto com a tela, como no teatro chinês e grego; ou por meio de cordões escondidos atrás dos bonecos como nas sombras chinesas. O teatro de sombras não precisa se limitar a figuras planas. Ele pode lançar mão também de figuras tridimensionais, ou mesmo, fazendo figuras com as mãos.
 Para causar o efeito de sombras, é necessário que o espaço escolhido como palco para a encenação seja feito com base em uma fonte de luz colocada atrás, que pode ser uma lâmpada, uma vela, ou até mesmo, a luz do sol. O teatro de sombras é uma arte de grande delicadeza e desenvolve, de maneira significativa, a imaginação da plateia, seja composta de adultos ou crianças. Para dar mais clima às cenas, é interessante colocar um fundo musical e dar movimento aos personagens.
Consiste em manipular figuras em focos de luz projetando suas sombras em uma tela. As figuras de sombras são chamadas de silhuetas ou bonecos de sombra, podem ser silhuetas chapadas ou tridimensionais, articuláveis ou não.
Nos teatros tradicionais da China, Índia, Turquia e Grécia as silhuetas são, comumente, figuras planas, recortadas em couro, algum outro material opaco, ou ainda materiais semi-transpartentes como pele de peixe.
Atualmente, diversos grupos desenvolvem pesquisas em Teatro de Sombras, bonecos podem ser criados em acetato, acrílico, gelatinas, papel, etc. e as fontes de iluminação utilizadas são diversificadas como velas, lamparinas, lanternas, refletores, projetores de vídeo, dentre outros.
A manipulação de silhuetas pode se dar através de varas perpendiculares como no teatro javanês; com varas em ângulo reto com a tela, como nos teatros chinês e grego; ou por meio de cordões escondidos atrás dos bonecos como nas sombras chinesas, além de outras formas alternativas de manipulação.
Bonecos de sombra podem também ser figuras tridimensionais, com silhuetas planas em ângulo a um eixo. Além da criação de sombras com o próprio corpo humano, o sombrista pode utilizar máscaras e outros aparatos em seu próprio corpo para a projeção de formas, volumes e silhuetas.

Teatro Negro
Caracteriza-se com uma técnica de manipulação não aparente, ou seja, os manipuladores não ficam visíveis para o público. Normalmente, consiste em um cenário em câmara escura e fundo negro e os manipuladores com figurinos completamente em preto, produzindo a ilusão de que bonecos e objetos não estão sendo manipulados mas sim possuem movimentos próprios.
Diversas técnicas e mecanismos podem ser usadas em conformidade com o Teatro Negro, principalmente no que se refere às técnicas de trabalho com luz negra, à exemplo do Teatro Negro de Praga.

Kuruma Ningyo
Kuruma Ningyo é um gênero japonês de teatro de bonecos. Diferentemente do Bunraku, um único ator manipula o boneco, trabalhando sentado em uma estrutura em forma de caixa com rodinhas. Esta técnica consiste na união do boneco com um único ator, que manipula a vista do público. Esta caixa em que o ator se desloca é uma espécie de carrinho, denominado Kuruma em japonês, originalmente, possui cerca de 20 x 25 x 15 cm e três rodas. O ator trabalha sentado manipulando braços, tronco e cabeça do boneco e seus próprios pés são encaixados no calcanhar do boneco.


17 de julho de 2014

Bandeira do Brasil



Vamos trabalhar a criatividade!!!

ARTE ROMÂNICA






ARTE GÓTICA







ARTE CELTA








DANÇAS FOLCLÓRICAS

Tipos de Dança

Balé Clássico | Dança Folclórica | Dança Moderna | 
Dança Popular | Maxixe | Quadrilha | 
Sapateado | Valsa 

         Existem duas espécies mais importantes de dança: a teatral e a social.
         A teatral é encenada para entretenimento de espectadores. Dentro dela encontramos o balé, a dança moderna, danças folclóricas, os bailados dos musicais e o sapateado.
         Na dança social, os participantes dançam para o seu próprio prazer.
         Todos os tipos de dança envolvem movimento, energia, ritmo e criação. Movimento é a ação dos bailarinos quando usam o corpo para criar formas ordenadas; a energia fornece a força necessária para executar o movimento; ritmo é o padrão de tempo em torno do qual se realiza o movimento e a criação está relacionada com a forma visual apresentada pelo movimento do corpo do bailarino.

Danças Folclóricas

Baião | Cateretê | Coco Alagoano | Congada | Drmes | 
Fandango |Frevo | Hayivky | Hochzeitstanz | Krakowiak | 
Maracatu |Polca Natalina | Reisado | 
Tarantela | Xaxado

         É uma forma de dança social que se desenvolveu como parte dos costumes e tradições de um povo e são transmitidas de geração em geração. Muitas danças exigem pares, outras são executadas em roda, às vezes se colocam em fileiras. Embora as danças folclóricas sejam preservadas pela repetição, vão mudando com o tempo, mas os passos básicos e a música assemelhem-se ao estilo original. Todos os países têm algum tipo de dança folclórica e a maioria pertence apenas a sua nação, como por exemplo: a tarantela, italiana, o drmes, croata ou o krakowiak, polonês e o frevo brasileiro. Algumas são executadas em ocasiões especiais, como a polca de Natal sueca, a hayivka, dança da Páscoa ucraniana, a hochzeitstanz, dança austríaca de casamento e o reisado brasileiro, que festeja a véspera do dia de Reis.

01. Baião

         Dança e canto típico do Nordeste, inicialmente era o nome de um tipo de festa, onde havia muita dança e melodias tocadas em violas. Este gênero musical que era restrito ao sertão nordestino, passou a ser conhecido em todo Brasil, por intermédio do sanfoneiro pernambucano Luiz Gonzaga, quando gravou em 1946, seu primeiro grande sucesso Baião. A partir daí e até meados da década de 1950, este ritmo tomou conta do Brasil e vários artistas começaram a gravar o baião. Em 1950, este gênero musical também passou a ser conhecido internacionalmente, o baião Delicado do instrumentista e compositor Valdir Azevedo, recebeu várias orquestrações de maestros americanos. O baião só perdeu o seu reinado com a aparecimento da bossa nova, mesmo assim ainda se sente sua influencia em muitos compositores até os dia de hoje. Com seu ritmo binário e suas melodias a fazer muito sucesso no nordeste.

Baião
Eu vou mostrá pra vocês
Como se dança um baião
E quem quiser aprender
É favor prestar atenção
Morena chegue pra cá
Bem junto ao meu coração
Agora é só me seguir
Pois eu vou dançar o baião
Eu já dancei balanceio
Chamego, samba e xerém
Mas o baião tem um quê
Que as outras danças não tem
Quem quiser é só dizer
Pois eu com satisfação
Vou dançar cantando o baião
Eu já dancei no Pará
Toquei sanfona em Belém
Cantei lá no Ceará
E sei o que me convém
Por isso eu quero afirmar
Com toda convicção
Que sou louco pelo baião  

Delicado
Querendo um baiãozinho
Que seja bem gostosinho
Que seja delicadinho
Escute com atenção
Aqui está o baião
Falando ao coração
Veja
como ele é tão delicado
Faz até pensar
No amor que ficou no passado
Eu sei
Que o mundo inteiro vai me dar razão
Pois
Levo a consolação do tal amor
O qual alguém perdeu outrora
Que o baião vai lembrar agora
O nome sempre varia
Pra uns o nome é Maria
Glorinha, Rute ou Aurora
A todos
O nome é inesquecível
Esta é a verdade
Embora pareça incrível
Eu provo
E todos vivem sempre a esconder
Ouça
O que o amor pode fazer
Faz gemer assim
Ui, ui, ui, ui, ui
Ai, ai, ai, ai, ai
Ninguém
Deve esconder muito a sua dor
Porque
Assim mais cresce ainda o mal do amor
Fingir
Que é feliz é uma ilusão
Só magoa o coração
Faça sempre assim
Ui, ui, ui, ui, ui
Ai, ai, ai, ai, ai
Verás que é mais gozado
E quando terminado
Virá pedir outro baião

02. Cateretê

         Também chamado catira, cateretê, é uma dança de origem indígena e dançada em muitos estados brasileiros. Foi bastante usada pelo Padre Anchieta que em sua catequese, traduziu para a língua tupi alguns textos católicos, assim enquanto os índios dançavam, cantavam trechos religiosos, por este fato é que muitos caipiras paulistas consideram muitas danças diabólicas, menos o cateretê. Os trajes usados são as roupas comuns de todo o dia. A dança varia em cada região do país, mas geralmente são dançadas em duas fileiras formadas por homens de um lado e mulheres do outro, que batem o pé ao som de palmas e violas. Também pode ser dançada só por homens. As melodias são cantadas pelos violeiros.

03. Coco Alagoano

         Dança típica de Alagoas, de origem africana, que se espalhou por todo o Nordeste recebendo nomes e formas de coreografias diferentes. A dança é cantada e acompanhada pela batida dos pés ou pela vibração do patear dos cavalos. O mestre ou o tocador de coco entoa as cantigas cujo refrão é respondido pelos cantadores.


04. Congada

         Bailado popular que acontece em algumas regiões do Sudeste brasileiro, como nos estados do Paraná e Minas Gerais, como também no Nordeste, na Paraíba. Esta manifestação cultural tem origem no catolicismo e nas sangrentas histórias de guerra do povo africano, como a do assassinato do rei de Angola, Gola Bândi. Na congada dramatizam uma procissão de escravos feiticeiros, capatazes, damas de companhia e guerreiros que levam a rainha e o rei negro até a igreja, onde serão coroados. Durante o cortejo, ao som de violas, atabaques e reco-recos, realizam danças com movimentos que simulam uma guerra.

05. Drmes

         Drmes é uma dança típica do noroeste da Croácia. Atualmente, só é apresentado em casamentos ou outras celebrações e, geralmente dançado por dançarinos mais velhos, em pares ou em pequenos círculos de três ou quatro pessoas. Drmes também é executado por grupos de amadores que selecionam uma melodia e alguns movimentos de antigas performances para serem apresentadas em audiências em museus. Às vezes, grupos de cidades vizinhas escolhem uma mesma melodia e realizam um desafio de dança.

06. Fandango

         Dança popular gaúcha, de origem portuguesa, também conhecida no Norte e Nordeste como Marujada. Ao som da viola ou da sanfona, o grupo de dança mistura cantigas náuticas, de origens que retratam as conquistas marítimas e o heroísmo dos navegadores portugueses, e o sapateado. Esse bailado não possui enredo ordenado, mas a apresentação do auto começa sempre com a chegada de uma miniatura de barco à vela puxado pela tripulação, que é formada pelos componentes do grupo de dança.

07. Frevo

         Dança e música típica do carnaval de rua e salão de Recife, Pernambuco. Essencialmente rítmica, de coreografia individual e andamento rápido. Seus dançarinos, chamados passistas, se vestem com fantasias coloridas e agitam pequenos guarda-chuvas com função somente estética. Alguns pesquisadores dizem que o frevo possui elementos de várias danças como marcha, polca ou maxixe, outros pensam que ele foi influenciado pela capoeira. O frevo não é cantando, sua música só é executada por instrumentos de sopro e surdos, que formam a orquestra do frevo conhecida como Fanfarra.

08. Hayivky
  
         Nos domingos de Páscoa, meninas dançam a hayivky em frente a igrejas ou em cemitérios. Em outros tempos, acreditavam que esses tipos de danças e canções tinham uma função mágica, como atrair a primavera e espantar o inverno. Em suas representações, personificavam o enterro das geadas e do frio, também imitavam o plantio e o crescimento dos frutos e tentavam garantir uma abundante colheita através da mágica da música, palavras e dança. Tentavam atrair ainda os bons espíritos da natureza renascida, para dar-lhes sorte e saúde. Algumas vezes, os bailarinos andam em um círculo imitando os movimentos do sol no céu, outras vezes seus gestos mostram a continuidade da vida humana na terra.

09. Hochzeitstanz

         Dança folclórica, algumas vezes apresentada após a realização do casamento na igreja. Antigamente, esta dança era realizada em todos os casamentos. É dançada por quatro ou até oito casais. Após a performance, os dançarinos em fila cumprimentam os noivos.

10. Krakowiak

         Krakowiak é a segunda mais antiga dança nacional polonesa (após a Polonaise - oChodzony). Possui características de dança da guerra com seu ritmo vivo e selvagem uma vez que conta, através de seus movimentos e cantos, a história da suposta invasão da cavalaria turca na cidade de Cracóvia (antiga capital). Inicialmente, foi dançada somente por homens e dependendo da região do país também era conhecida por outros nomes como Skalmierzak (Skalmierz), Wisliczak (Wislica) e Proszowiak (Proszowice). Existe a suposição de queKrakowiak passou a ser considerada uma dança nacional polonesa em 1596, com a mudança da capital de Cracóvia para Varsóvia. Ela representa a alegria, o orgulho e a perseverança do povo polonês.
11. Maracatu

         Dança típica do Nordeste, principalmente de Pernambuco. Maracatu é um termo africano que significa dança ou batuque, no qual um grupo de adeptos das religiões afro-brasileiras saem fantasiados às ruas para fazer saudações aos orixás, em um cortejo carnavalesco onde reis, rainhas, princesas, índios emplumados e baianas cruzam as ruas dançando, pulando e passando de mão em mão a calunga, boneca de pano enfeitada presa num bastão. O ritmo frenético que acompanha o maracatu teve origem nas Congadas, cerimônias de escolha e coroação do rei e da rainha da "nação" negra. Ao primeiro acorde do maracatu, a rainha ergue a calunga para abençoar a "nação". Atrás vão os personagens, com chapéus imensos, evoluindo em círculos e seguindo a procissão recitando versos que evocam histórias regionais

12. Polca Natalina

         Alegre, cheia de vida e feliz, é esta polca sueca executada pela família em torno da árvore de Natal. É normalmente dançada ao som de cantos entoados pelos participantes da festa, sem acompanhamento de instrumentos, e algumas vezes a dança e o canto fazem parte das tradições das comunidades rurais.

13. Reisado

         Dança popular profana-religiosa, de origem portuguesa, com que se festeja a véspera e o Dia de Reis. No período de 24 de dezembro a 06 de janeiro, um grupo formado por músicos, cantores e dançadores vão de porta em porta anunciando a chegada do Messias e fazendo louvações aos donos das casas por onde passam e dançam. O Reisado é de origem portuguesa e instalou-se em Sergipe no período colonial. Atualmente, é dançado em qualquer época do ano, os temas de seu enredo, variam de acordo com o local e a época em que são encenados, podem ser: amor, guerra, religião entre outros. O Reisado se compõe de várias partes e tem diversos personagens como o rei, o mestre, contramestre, figuras e moleques. Os instrumentos que acompanham o grupo são violão, sanfona, ganzá, zabumba, triângulo e pandeiro.

14. Tarantela

         Dança folclórica, típica das regiões do sul da Itália, cujo nome provém de uma lenda. Conta-se que no século XIV, na Europa, mais precisamente em regiões da Itália, havia muitas aranhas denominadas Tarântulas. Sua picada causava febre alta e delírio, fazendo o doente pular e dançar até esgotar-se, na tentativa de expulsar completamente de seu corpo o mal produzido pelo veneno da aranha.

         Diz a lenda que para o doente sobreviver a esta picada teria que dançar ao ritmo da música Tarantela, surgindo assim a dança de mesmo nome. Com o passar dos anos, esta dança tornou-se indispensável nas festas de súplicas e agradecimentos. É apresentada em pares, marcada por andamentos rápidos e exuberantes. Hoje, através de formas estilizadas, podemos encontrá-la como bale ou interlúdios de operetas musicais.
 
15. Xaxado

         Dança popular do sertão nordestino, cujo nome foi dado devido ao som do ruído que as sandálias dos cangaceiros faziam ao arrastarem sobre o solo durante as comemorações celebradas nos momentos de glória do grupo de "Lampião", considerado entre outras denominações o "Rei do Cangaço. É dançada somente por homens, razão pela qual nunca se tornou uma dança de salão. Primeiramente a melodia era apenas cantada e o tempo forte marcado pela batida de um rifle no chão, as letras eram e continuam satíricas. O grande divulgador do xaxado foi Luís Gonzaga, que conseguiu que este gênero fosse tocado nas rádios, televisões e teatros.

Fonte:








DANÇA NO MUNDO


          01. DANÇA AFRICANA

Ahouach | Guedra | Gnawa | Schikatt

A dança originou-se na África como parte essencial da vida nas aldeias. Ela acentua a unidade entre seus membros, por isso é quase sempre uma atividade grupal. Em sua maioria, todos os homens, mulheres e crianças participam da dança, batem palmas ou formam círculos em torno dos bailarinos. Em ocasiões importantes, danças de rituais podem ser realizadas por bailarinos profissionais. Todos os acontecimentos da vida africana são comemorados com dança, nascimento, morte, plantio ou colheita; ela é a parte mais importante das festas realizadas para agradecer aos deuses, uma colheita farta. As danças africanas variam muito de região para região, mas a maioria delas tem certas características em comum. Os participantes geralmente dançam em filas ou em círculos, raramente dançam sós ou em par.
As danças chegam a apresentar algumas vezes até seis ritmos ao mesmo tempo e seus dançarinos podem usar máscaras ou enfeitar o corpo com tinta para tornar seus movimentos mais expressivos.
As danças em Marrocos usam normalmente uma repetição e um constante crescimento da música e de movimentos, criando um efeito hipnótico no dançarino e no espectador. Entre elas destacam-se a Ahouach, Guedra, Gnawa e Schikatt.

02. DANÇA CUBANA

A dança cubana envolve uma combinação dos ritmos africanos e da música country espanhola. A palavra rumba é um termo genérico que inclui uma variedade de nomes como Son, Danzon e outros. O ritmo e dança rumba foram trazidos a Cuba no século XVI, pelos escravos negros que vieram da África.
No seu estilo nativo, a rumba começou e continua a ser informal, uma dança de rua bastante popular nas classes mais baixas e negras. É uma dança bem rápida, com movimentos exagerados de quadril, com uma atitude agressiva por parte do homem e defensiva do lado feminino. A música possui uma batida forte para acompanhar os movimentos vigorosos dos dançarinos, é tocada por maracas, tambores, marímbula e claves.
Em Cuba, desde 1950, grupos folclóricos executam os três tipos tradicionais que sobreviveram:
•  Yambu - A mais lenta, estilo simples, dançada por pessoas mais velhas em uma maneira relaxada.
•  Guaguanco - Possui um ritmo entre o moderado e o rápido; casais dançam como estivessem de namoro.
•  Columbia - Um estilo rápido, dançado a maior parte do tempo por um solo masculino, que executa movimentos acrobáticos e ousados, demonstrando coragem, força, agilidade e senso de humor.

03.DANÇA EGÍPCIA

Dança do Ventre | Dança do Jarro | Dança da Bengala | Dança da Espada

A dança na cultura egípcia demonstrou sua importância muito antes do Egito se tornar um grande império e uma magnífica civilização. As danças egípcias sempre estiveram intimamente ligadas ao cotidiano, festas, casamentos, nascimentos, funerais, caça, colheita, rituais religiosos, enfim, aos mais diversos sentimentos humanos.
Conheça as mais tradicionais danças egípcias como a Dança do Ventre, Dança do Jarro, Dança da Bengala e Dança da Espada.

04.DANÇA FRANCESA

Can-can

O Can-Can é uma mistura da Polca e da Quadrilha e foi dançado pela primeira vez em 1822. Durante alguns anos, foi declarado ilegal, por ser considerado imoral e indecente, sendo então proibido pela polícia. O Can-Can é caracterizado principalmente por passos firmes e saltitantes, chutando alto e fortemente a perna. Normalmente o figurino desta dança consiste em meias de renda, botas de saltos altos, corpetes, penas na cabeça e saias de babados. Depois da liberação da dança, ela tornou-se muito popular por volta de 1830, e sua popularidade durou até 1944, quando então esta passou a ser apresentada em revistas e comédias musicais, principalmente na França. Originalmente o Can-Can era dançado por ambos os sexos; hoje, entretanto, é dançado só por mulheres. As músicas mais conhecidas do Can-Can foram compostas por Jacques Offenbach. O pintorToulouse-Lautrec pintou quadros célebres de dançarinas de Can-Can.




05.DANÇA GROELANDESA

Drum Dances

É a dança tradicional da cultura inuit apresentada dentro de uma qaggi, uma casa de neve construída para eventos comemorativos da comunidade, tais como casamentos, aniversários e caçadas bem sucedidas. Consiste num dançarino solo que compõe músicas cantadas por sua família acompanhado pelos tambores.
A habilidade técnica do dançarino de drum dances é avaliada pela sua resistência prolongada durante a apresentação e a coreografia. Envolve elementos de coesão corporal e muita expressão.
A drum dances é uma forma de diversão e socialização da comunidade. Em geral cria um clima descontraído de competitividade entre as famílias durante a festividade, porém às vezes se torna um sério duelo vencido pelo dançarino que arranca maior vibração da plateia.

06.DANÇA GREGA

A Grécia é um dos poucos países no mundo onde as danças folclóricas são tão vivas hoje como eram na Antigüidade. A dança sempre desempenhou um papel importante na vida grega, é uma expressão dos sentimentos humanos e da vida cotidiana. Os gregos dançavam em cerimônias religiosas e casamentos, quando se preparavam para a guerra e depois quando celebravam as vitórias, para garantir a fertilidade e para curar doenças. Cada dança tinha sua história.
A dança tradicional continua a passar de geração em geração, mantendo assim uma identidade nacional. A maioria das danças gregas são dançadas em círculo, começando com o pé direito e no sentido horário. Cada dançarino é unido ao outro por um lenço, ou segurando as mãos, pulsos ou ombros. Nas danças mistas, o homem lidera a dança. Até bem recentemente, homens e mulheres raramente dançavam lado a lado, as mulheres iam no círculo central e os homens no de fora.
As danças gregas mais populares são: Sta Tria, Kalamatianos, Tsamikos eTzakonikos.

07. DANÇA HOLANDESA

A tradição da dança holandesa remonta os tempos dos minuetos, valsas, schottische e a polka. Os casais desenvolvem a coreografia em grupos de casais, formados em círculo ou filas de pares, de acordo com uma música típica e se vestem a caráter. Além dos tamancos, a roupa inclui chapéus, que no caso das mulheres parece uma touquinha de laise toda delicada. Muitos dos passos usam o tradicional tamanco para criar sons diferentes.

08.DANÇA INDIANA

Bharatanatyam | Kuchipudi | Manipuri | Odissi

A dança na Índia está presente em muitas outras formas de arte, como poesia, escultura, arquitetura, música e teatro. Todas as formas de danças da Índia são estruturadas em nove emoções: felicidade, raiva, desgosto, medo, sofrimento, coragem, compaixão, desejo e serenidade. Os gestos das mãos são usados para exprimir estes sentimentos.
Um dos símbolos mais antigos na dança da Índia é a figura de Nataraja, Shiva. Sua dança engloba criação, preservação e destruição, idéias que estão embutidas no pensamento e no ritual hindu desde o começo da civilização; os indianos acreditam que a vida é essencialmente um balanço do bem e do mal, onde opostos são independentes, é a dança da vida.
A dança indiana é uma mistura de três elementos: Nritta, são elementos rítmicos que interpretam a linguagem do ritmo com ajuda de movimentos do corpo, Nritya, combinação de ritmos e expressão, mostrada através dos olhos, mãos e movimentos faciais e Natya, quando é apresentado o tema e seus vários personagens. A maioria de seus temas vêm de sua rica mitologia e lendas folclóricas.
Cada forma de dança também busca inspiração em histórias que descrevem a vida, princípios e crenças do povo indiano. A Índia oferece diversas formas de dança, cada uma representa a cultura e princípios de uma região ou de um grupo de pessoas. Conheça as danças: Bharatanatyam, Kuchipudi, Manipuri e Odissi.

09.DANÇA ISLANDESA

Icelandic Schottische

Dança tradicional do passado na Islândia bastante ativa, na qual os dançarinos devem ter muito pique e agilidade. Os pares dançam formados em círculo, pés paralelos, com os braços passados pelos ombros, isto é, lado a lado, evoluindo com passos firmes, alternados, saltitantes e repetitivos. Ao soltar os ombros, os casais dançam frente a frente de mãos dadas, e os cavalheiros rodeiam as damas de mãos atadas também.




10.DANÇA MEXICANA

O México já possuía antes da chegada dos espanhóis, uma grande variedade de danças.
Os religiosos que evangelizaram estas terras tentaram extirpá-las por considerarem muitas delas como ritos pagãos e como encontraram uma grande resistência, tentaram modificá-las. Os povos indígenas então que possuíam grande imaginação as modificaram mais na aparência do que em seus fundamentos, e até hoje muitos de seus passos e vestimentas remontam dos mesmos usados por seus ancestrais. A dança mexicana é um conjunto de coreografias típicas de várias regiões do país. São danças muito ricas em melodia, ritmos e movimentos que podem ser acompanhadas não só por instrumentos mas também por canto.
Entre suas danças destacam-se:
•  "La Danza de los Viejitos" é uma antiga tradição, anterior a chegada dos espanhóis, é usualmente interpretada por jovens, que imitam pessoas idosas em movimentos engraçados, com dificuldade de se movimentar e encurvados em uma bengala. Usam trajes de camponeses e máscaras de feições idosas, sorridentes e sem dentes.
•  "Los Sembradores" é uma interpretação artística de um dos mais importantes elementos da vida: trabalhar com a terra, plantar e colher, a alegria de trabalhar em comunidade e a beleza da simplicidade.
•  "Jarabe Tapatio" ou "Dança Mexicana do Chapéu", é considerada a dança nacional do país. Quando a bailarina russa Anna Pavlova, visitou o México em 1930, ficou encantada com esta dança e com seus lindos trajes e decidiu incluí-la em seu repertório permanente; as autoridades mexicanas sentiram-se honradas com o fato e resolveram que ela seria a principal dança do país. A dança conta uma história de amor e do namoro de um homem e uma mulher em uma festa. O namoro é percebido em várias figuras da dança, em certo momento o homem joga seu chapéu no chão e dança ao seu redor e ao redor da moça, ela pega o chapéu mostrando que aceita o seu amor, põe em sua cabeça e os dois vão embora felizes.

11.DANÇA NEOZELANDESA

Haka | Poi

A dança, assim como a música, é uma parte vital da cultura Maori na Nova Zelândia.
A dança do povo maori foi originalmente executada por motivos sociais e religiosos.
A música é um elemento essencial para manter a história e a genealogia de seu povo; cada tribo tem seu próprio repertório, com muitas canções compostas há centenas de anos.
Conheça as danças Haka e Poi.

12. DANÇA NIGERIANA

A dança e a música são expressões artísticas fundamentais na Nigéria. Tem um significado sagrado e intenso simbolismo. Atilogwu é um estilo de dança vigorosa e mágica, rápida e impressionante. Combina movimentos acrobáticos com batidas ritmadas dos pés. Utiliza um vestuário bem colorido. Exige rigoroso treinamento para ser apresentada e, portanto, considerada ofuscante se comparada aos outros estilos. A dança Atilogwu se tornou um cartão de visita da cultura nigeriana quando apresentada na Nigéria ou em eventos no exterior.

13.DANÇA ORIENTAL

Em alguns lugares da Ásia, as tradições da dança têm milhares de anos. A maioria das formas de dança teatral era realizada originalmente como parte do culto religioso ou como entretenimento. Os asiáticos têm um profundo respeito à tradição, o que levou os dançarinos a aperfeiçoarem danças teatrais já existentes, em vez de criarem novos estilos. Em grande parte da Ásia, a dança, as peças teatrais e a ópera não se desenvolveram como formas de arte distintas; elas se misturam. Os participantes geralmente usam fantasias muito trabalhadas, máscaras ou maquiagem; movimentos da parte superior do corpo, especialmente expressões faciais e gestos com as mãos, comunicam a mensagem da dança, e é através destes gestos que descrevem um fato histórico, uma lenda ou um mito. Alguns espetáculos de dança teatral da Ásia são realizados ao ar livre e duram a noite inteira; uma representação famosa deste tipo é realizada na Birmânia, e se chama pwe. O bharata natyam, uma dança originalmente realizada nos templos da Índia, associa ritmos complicados com lendas hindus relatadas em canções e pantomimas; essas danças de templo usam mudras, gestos feitos com as mãos, que possuem significados já conhecidos. Barong, dança teatral, realizada na ilha de Bali, os dançarinos dramatizam uma luta lendária entre um dragão e uma bruxa.
Algumas das mais importantes danças teatrais da Ásia começaram como entretenimento para a realeza. Os famosos espetáculos japoneses, o no e o kabuki, tiveram sua origem numa majestosa procissão da corte chamada bugaku, que começou no século IX. A Ópera de Pequimteve início na corte do Imperador chinês, no final do século XVIII. As danças operísticas e outras encenações tradicionais, como acrobacias, pantomimas, fantasias coloridas e maquiagens simbólicas, obtém grande sucesso até hoje.
 
14.DANÇA PANAMENHA

Localizado na América Central e habitado por uma maioria de mestiços, a cultura panamenha buscou sua identidade após sua independência a partir de 1903. Com o ritmo marcante da salsa e da colombiana cumbia, a cultura popular do Panamá teve que batalhar muito para sobreviver. O instrumento nativo que deixou sua marca é amejoranera, uma guitarra de cinco cordas usada para tocar canções típicas chamadas torrentes e um violão de três cordas usado para tocarcumbias, puntos e pasillos.
O uso do acordeão acompanha também esse ritmo folclórico tão significativo para seu povo. Muitas das músicas e danças típicas panamenhas narram as situações da vida cotidiana formando assim um diálogo cantado muito alegre. A dança folclórica mais popular e tradicional do Panamá chama-se Tamboritos. Homens e mulheres dançam em trajes típicos bem coloridos e são liderados pela "cantalante", uma cantora que é acompanhada por um coro de palmas ritmadas, três tambores e vozes. Um estilo bem parecido chamado Congo é mais comum nas comunidades negras e diferencia-se pelo uso de tambores rústicos e movimentos sensuais. Também seguindo esse ritmo marcante, os imigrantes jamaicanos trouxeram o Calypso e o Mento, assim como os colombianos deixaram sua marca na Cumbia, mais dançada nos festejos domésticos. Outros tantos estilos e músicas marcam a dança panamenha, tais como o Punto e as danças de salãoPasillo, Danza e Contradanza.

15.DANÇA PERUANA

Marinera

O Peru é um país onde a dança existe desde os tempos mais antigos. Os anciãos escolheram a dança como uma forma de render homenagem às suas divindades, de comemorar uma boa colheita ou uma boa notícia. De acordo com a região onde são desenvolvidas, o litoral, a montanha ou a floresta amazônica, apresentam suas características particulares.
No litoral, as danças típicas são a valsa creola, as danças afro-peruvianas e também a marinera. Nas montanhas, as danças são muito coloridas e cheias de vigor. O bater constante dos saltos, o sapateado e as coreografias transmitem alegria e vitalidade. As danças dos rituais necessitam de anos de prática para poder realizar os saltos acrobáticos ao ritmo da harpa e do violão. As danças predominantes na floresta amazônica são as danças tribais, que convidam famílias inteiras a dançar em círculo ao som de instrumentos de percussão.

16.DANÇA PORTUGUESA

Vira | Fandango | Bailarico

O Vira é uma dança conhecida como tradicional da região do Minho, mas é dançado em muitos outros lugares de Portugal, sendo considerado uma das mais antigas, populares e características danças tradicionais deste país. Normalmente é dançado por vários pares em roda, evoluindo no sentido anti-horário: rapazes e moças vão alternadamente ao centro da roda, batendo com os pés e com os braços levantados. O nome desta dança vem do verbo "virar", pois são os seus movimentos característicos. Os passos são acompanhados por violões, acordeões e cantos que falam sobre os aspectos da vida do campo e também dos relacionamentos amorosos.
Fonte da imagem: http://www.jf-carcavelos.pt

17.DANÇA RUSSA

Barynya | Drobushki | Hopak | Troika

As tradicionais danças russas são originadas das antigas danças da Croácia misturadas com elementos das tribos da Mongólia. A dança folclórica russa é diversificada e não há uma maneira uniforme de executá-la. Os movimentos são definidos pelo modo de vida e costumes do povo de cada região, que são bem diferentes, devido à grande extensão do país. As mais tradicionais danças da Rússia requerem acompanhamento de instrumentos como a balalaika e a garmoshka. Conheça as danças Barynya, Drobushki, Hopak e Troika.
    
18.DANÇA SUL-AFRICANA

Gumboots

Gumboots , a dança das botas de borracha,nasceu nas minas de ouro da África do Sul durante a época do Apartheid. Os mineradores trabalhavam quase na obscuridade total no interior das minas, ficavam presos em correntes e proibidos de falar entre si. Além de ficarem por longo tempo separados de suas famílias, eram muito ruins as condições de trabalho, o chão das minas era coberto de água suja que ia constantemente até o joelho, muitas vezes tinham feridas nos pés e pernas. Os donos das minas acharam que seria mais rentável se os mineiros não adoecessem e não faltassem ao trabalho por isso, os equiparam com botas de borracha. Além das botas sua roupa de trabalho era composta de calças compridas, torso nu e um pano enrolado na testa para absorver o suor.
Os trabalhadores para se comunicarem entre si, desenvolveram um código particular batendo suas botas sobre as poças d`água e balançando suas correntes mandando assim mensagens para os outros companheiros. Esta comunicação tornou-se um entretenimento, nos sons que desenvolveram acrescentaram movimentos de dança que executavam também em seus momentos de lazer, assim nasceu aGumboots.
O fato de que diversos grupos étnicos e várias línguas conviviam lado a lado contribuiu para que esta dança se tornasse uma mistura de ritmos e músicas.
Os mineradores trouxeram então suas fortes tradições de ritmo, música e dança; gumboots, hoje é uma forma de arte popular, com algumas adaptações para o moderno e contemporâneo, é apresentada em todo o mundo não só para entretenimento, mas para contar a história destes homens. Na Gumboots os movimentos do corpo são essenciais e mostram toda a riqueza e complexidade da cultura sul africana.

19.DANÇA TAILANDESA

Lakhon | Fawn Thai | Nora Dance | Sampeng | Sila | Likay

A dança tailandesa, inseparável de sua cultura, possui movimentos graciosos, um ritmo suave e agilidade. Ela se divide em dois estilos: a Dança Clássica e a Folclórica. A primeira busca sua inspiração na mitologia e religião e surgiu na corte. A folclórica varia de acordo com a região e por isso tem características diferentes.
Cada uma delas é acompanhada por uma orquestra composta de instrumentos tradicionais tailandeses, como o Saw Sam Sai, o Kaen, o Mong-Ching e o Phin-Pia. Lakhon, Fawn Thai, Nora Dance, Sampeng, Sila e Likay são algumas de suas danças.

20.DANÇA URUGUAIA

El Malambo | El Pericón | El Gato | Chimarrita | La Contradanza

A dança uruguaia teve influências dos escravos negros que vieram da África, mas são bem maiores as que receberam de seus colonizadores europeus. Durante o século XVII, os salões da Europa enchiam-se de esplendor com seus suntuosos bailes. O Uruguai absorveu a moda européia em relação aos seus bailes, mas alterou suas coreografias colocando nelas características próprias do país, surgindo então as danças nacionais. As diversas regiões do país possuem suas próprias danças, algumas com movimentos suaves que levam à nostalgia, mostrando a beleza de sua tradição. Outras revelam sentimentos amorosos com movimentos mais lentos e uma grande variedade de figuras. Entre as danças uruguaias destacam-se "El Malambo", "El Pericón", "El Gato", "Chimarrita" e "La Contradanza".

FONTE:
http://www.edukbr.com.br/artemanhas/corpoemovimento.asp