30 de outubro de 2013

Teatro - Gêneros e Grupos Teatrais


Gêneros Teatrais
Tragédia

         Gênero teatral que aborda questões importantes quanto ao significado da existência humana, a natureza moral e as relações sociais ou psicológicas do homem.

Comédia

         Baseia-se em algum episódio ou comportamento exagerado, deve ser ao mesmo tempo engraçada e crítica, raramente enfoca as questões morais ou filosóficas, mas mostra o homem dentro de suas relações sociais. A farsa é um tipo de comédia que explora situações ridículas e cômicas.

Drama

         Retrata as angústias e as esperanças humanas de maneira mais realista e verdadeira, gira em torno de um conflito moral.

Vaudeville

     É uma comédia teatral, com origem no século XVIII, com temas diversificados, canto e dança com o objetivo principal de divertir a platéia.
 

Pantomima

         Peça de teatro em que os atores representam apenas por gestos.

 Teatro Brasileiro: Grupos Teatrais

Os Comediantes

         Grupo teatral que apresentou em 1938 Vestido de Noiva, espetáculo que foi o marco da arte cênica modernista nacional. O grupo, anteriormente conhecido como Os Independentes, venceu nesse mesmo ano um concurso de teatro amador promovido pela Associação dos Artistas Brasileiros. Para enriquecer o talento das apresentações, nada menos que Ziembinski na direção e iluminação das montagens. Os Comediantes encenaram peças de grandes autores do teatro nacional e internacional. A última temporada do grupo apresentou uma nova montagem de Vestido de Noiva, com a atuação de Cacilda Becker e Maria Della Costa, em 1947.

TBC - Teatro Brasileiro de Comédia
         O teatro de comédia marcou seu início e conquistou seu espaço nas décadas de 30 e 40. Os espetáculos eram de muito humor e apenas um ator encenava e abusava de seu poder de comunicação e improviso. Em geral, o ator principal era o dono da companhia e a maior atração.
          Já nos anos 40, essa mentalidade começou a se transformar. Surgiram os grupos de amadores, que eram formados por estudantes, intelectuais e profissionais liberais. Décio de Almeida Prado fundou o Grupo Universitário de Teatro. Formou-se o Grupo de Teatro Experimental de Afredo Mesquita e a primeira escola de atores do Brasil, a EAD - Escola de Arte Dramática, em São Paulo. Com essas inovações, uma transformação marcou sensivelmente os textos e a técnica teatral. Em 1948, o italiano Franco Zampari realizou uma grande reforma num casarão, apoiado por um grupo de empresários, e inaugurou em 11 de outubro do mesmo ano o TBC - Teatro Brasileiro de Comédia. Esse espaço tinha 18 camarins, duas salas de ensaio, uma sala de leitura, oficina de carpintaria e marcenaria, almoxarifados para cenografia e figurinos, modernos equipamentos de som e luz. Um verdadeiro sonho para a época. O espetáculo duplo de estréia foi "A Voz Humana", interpretado por Henriette Morineau e "A Mulher do Próximo", com a jovem atriz Cacilda Becker. Procópio Ferreira, Dulcina de Morais, Ziembinski, Cacilda Becker, Sérgio Cardoso, Paulo Autran, Tônia Carrero e muitos outros são exemplos dos grandes nomes do teatro brasileiro.
         O TBC marcou história no teatro brasileiro, pois formou gerações de atores, diretores e dramaturgos que até hoje encenam nos palcos dos nossos teatros.

O Tablado
         Foi em 28 de outubro de 1951 que tudo começou. Num encontro em Ipanema, Maria Clara Machado, uma jovem atriz, autora e diretora de teatro, reunida com colegas da classe artística, fundou o grupo de teatro amador O Tablado. Com a responsabilidade da direção artística do grupo, ela conseguiu um espaço beneficente, o Patronato da Gávea, onde se estabeleceu a escola de teatro. Ali estreou a peça O Boi e o Burro a Caminho de Belém. A talentosa Maria Clara Machado formou gerações de artistas no Rio de Janeiro, entre eles Fernando Torres, Sérgio Viotti, Miguel Falabella, Marieta Severo e muitos outros.

O Oficina
         O Teatro Oficina foi fundado em 1961 por um grupo de estudantes da escola de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo. O grupo seguia a linha do teatro tradicional e possuía grande experiência cênica internacional, com grandes textos e montagens importantes. Destacou-se com a primeira peça apresentada Os Pequenos Burgueses (1964). Depois vieram Andorra (1964) e Os Inimigos (1966). Com o incêndio que destruiu a casa de espetáculos do Oficina, o grupo teatral passou por uma fase de reflexões e mudanças. Em 1967, retornaram ao palco com a montagem da peça Rei da Vela, de Oswald de Andrade, demonstrando uma nova linha de trabalho que agradou bem mais o público por um longo período. Apresentaram ainda Galileu Galilei (1968), Na Selva das Cidades (1969). Incansável na busca de romper com as convenções, o Oficina encenou Gracias, Senior (1972). O Oficina sucumbiu no final da década de 60, com os problemas políticos internos que o grupo vivia e a rigidez da censura política da ditadura.

O Arena
         Formado por um grupo de teatro voltado para uma interpretação bem brasileira e uma linguagem coloquial, O Teatro de Arena alcançou seu primeiro sucesso com a montagem da peça Eles Não Usam Black Tie. A partir daí um laboratório de dramaturgia passou a criar textos focados na realidade brasileira, temas brasileiros, como futebol, cangaço, operários das fábricas. Os espetáculos foram sucesso de bilheteria. O Arena também inovou com os musicais e o teatro encenado e discutido. Duas posturas no palco: o intérprete e o explicador, um estilo de espetáculo.