Aos meus alunos do 7o. ano
Idade Antiga
Arte
Egípcia Arte Cretense Arte Grega Arte Etrusca Arte Romana Arte
Paleocristã Arte Bizantina Arte Islâmica
A
arte na Idade Antiga mostra-nos diversos fundamentos ideológicos,
pois é extremamente abrangente e composta pelas riquezas das artes
egípcia, grega, romana, paleocristã, bizantina e islâmica.
Enquanto a arte egípcia é ligada ao espírito, aos deuses e sua
glorificação, a arte grega liga-se à inteligência. A arte grega
volta-se para o gozo da vida presente, contempla a natureza, o
artista, através da arte, exprime suas manifestações. Na sua
constante busca da perfeição, o artista grego cria uma arte de
elaboração intelectual em que predominam o ritmo, o equilíbrio, a
harmonia ideal. Eles têm como características: o racionalismo; amor
pela beleza; interesse pelo homem e a democracia. A arte romana
sofreu duas fortes influências: a da arte etrusca popular, voltada
para a expressão da realidade vivida, e a da greco-helenística,
orientada para a expressão de um ideal de beleza. Enquanto os
romanos desenvolviam uma arte colossal e espalhavam seu estilo por
toda a Europa e parte da Ásia, os cristãos (aqueles que seguiam os
ensinamentos de Jesus Cristo) começaram a criar uma arte simples e
simbólica executada por pessoas que não eram grandes artistas.
Surge a arte cristã primitiva. A arte bizantina sofreu influências
de Roma, Grécia e do Oriente. Foi conduzida pela religião. A união
de alguns elementos dessa cultura formou um estilo novo, rico tanto
na técnica como na cor. A Arte islâmica, inevitavelmente, absorveu
traços dos povos conquistados. De origem nômade, os muçulmanos
demoraram para estabelecer sua própria identidade artística. Ao
definir seu estilo conceitual e religioso, nos deixaram as belas
cúpulas nas mesquitas e lindos tapetes persas.
Arte
Egípcia
A
civilização egípcia foi uma das mais importantes da Antigüidade e
também muito rica em suas manifestações culturais. A religião era
o aspecto mais significativo de sua cultura, orientando sua produção
artística. Assim, os antigos egípcios acreditavam firmemente na
vida depois da morte e a maior parte de sua arte encontra-se em
túmulos e monumentos. Infelizmente, muito da arte egípcia
desapareceu, ladrões saquearam tumbas e ruínas e a maior parte do
que se conhece chegou até hoje através de sua escrita.
Pintura
Os
egípcios antigos começaram a pintar aproximadamente há seis mil
anos. Os artistas egípcios pintavam sobre as paredes dos templos e
palácios, mas grande parte de seus melhores trabalhos é vista em
tumbas. Como outros povos primitivos, os egípcios acreditavam que a
arte era uma maneira mágica de transportar coisas deste mundo até o
mundo para onde as pessoas iam depois da morte. Os artistas decoravam
as tumbas com afrescos que mostravam pessoas e objetos relacionados
com a vida do morto. Alguns especialistas acreditam que eles queriam
certificar-se de que os deuses compreendiam os afrescos, de maneira
que as pessoas mortas pudessem recuperar seus bens no outro mundo.
Isto explicaria por que os artistas egípcios pintavam de acordo com
regras rigorosas que quase não se alteraram durante milhares de
anos. As figuras por eles desenhadas parecem rígidas. As cabeças
humanas são sempre pintadas de perfil. Os ombros e o corpo voltam-se
para a frente, e os pés, para um lado. As pessoas importantes nas
pinturas do Egito antigo aparecem maiores do que as outras.
Os
artistas pintavam as tumbas apenas para os deuses e as almas dos
mortos. As tumbas eram trancadas e se pretendia que os afrescos
lindamente coloridos nunca mais fossem vistos.
Escultura
A
escultura egípcia desenvolveu-se no Egito há cerca de 3.000 a.C. e
continuou sem mudanças por mais de três mil anos. Era feita para
reverenciar uma pessoa ou comemorar um acontecimento. Estátuas de
reis e rainhas que os egípcios consideravam deuses, eram feitas em
tamanhos enormes. Faraós incentivavam e financiavam os artistas. Uma
das estátuas mais bonitas é o busto da Rainha Nefertiti, onde um
rosto ainda jovem, mostrava traços perfeitos e melancólicos.
Relevos eram esculpidos nas paredes dos templos retratando cerimônias
religiosas ou grandes acontecimentos como batalhas importantes. Os
escultores egípcios também entalhavam estátuas em madeira ou pedra
para serem colocadas em sepulturas para representar o morto. Estas
figuras mostravam cenas da vida cotidiana iguais às atividades que
se acreditava que o morto iria desempenhar no outro mundo. Suas
oficinas eram muito organizadas, aprendizes faziam o trabalho mais
pesado do começo do entalhe, escultores práticos realizavam o
entalhe final e o acabamento ficava para o especialista, que mais
tarde tornava-se um chefe da oficina. Elmos, escudos e taças eram
primeiro entalhadas em madeira e depois cobertas de folhas de ouro ou
prata que eram marteladas até adquirirem a forma desejada. Estas
pequenas esculturas faziam parte da decoração de palácios.
Arquitetura
A
arquitetura egípcia tem características pesadas, identificando
durabilidade e solidez. Ao observá-las, percebemos um clima
misterioso e um sentimento de eternidade. As pirâmides de Quéops,
Quéfren e Miquerinos são as obras arquitetônicas mais antigas do
Egito juntamente com a esfinge do faraó Quéfren. Elas foram
construídas com toneladas de pedras magnificamente lapidadas. Seu
interior era um labirinto que levava à câmara funerária, onde
ficava a múmia do faraó e seus pertences.
Os
templos e túmulos são também monumentos de grande expressão e se
classificam em Pirâmide (túmulo real, destinado ao faraó), Mastaba
(túmulo para a nobreza) e Hipogeu (túmulo destinado à gente do
povo). As colunas egípcias de dividem em Palmiforme (flores de
palmeira), Papiriforme (flores de papiro) e Lotiforme (flor de
lótus).
Arte
Cretense
A
arte cretense mostra grande influência dos povos do Oriente Próximo,
tem como características a vitalidade, originalidade, graciosidade e
espontaneidade, mostrando um povo independente, que não usava sua
arte para satisfazer classes dominantes e religiosos. Suas figuras
humanas normalmente tinham a cabeça e as pernas em perfil e os olhos
e o corpo de frente. Seus artistas conseguiam exprimir movimentos de
grande força, como a fúria de um animal selvagem e também a
delicadeza do movimento de um peixe.
Pintura
Aproximadamente
em 2.500 a.C., enquanto florescia a civilização egípcia, outra
grande civilização surgia na ilha de Creta. Os cretenses, povo
dedicado à navegação, entravam em contato freqüente com os
egípcios. Adotaram então, alguns elementos da arte egípcia
inclusive a maneira de pintar figuras humanas. Mas o estilo cretense
não tinha a rigidez do egípcio. As pinturas cretenses são vivas, e
as figuras que nelas se observam parecem flutuar e dançar. O que é
mais importante: estes pintores, ao contrário dos do Egito,
interessavam-se pela vida neste mundo. Usavam pinturas para decorar
edificações ao invés de esconder as pinturas em tumbas. Assim, a
arte cretense tornou-se uma ponte entre a arte egípcia, que
enfatizava a morte, e a arte da Grécia e da Roma antigas, que
tratava da vida.
Escultura
Os
povos que habitavam as ilhas Cíclades do mar Egeu, entalhavam
figuras em mármore branco, antes de 3.000 a.C. A maioria de suas
figuras era de mulheres. Seus escultores não tinham ferramentas de
metal, mas poliam as figuras com seixos de esmeril. Durante os
séculos XVI e XV a.C., os cretenses fizeram figuras moldadas em
bronze; como não poliam o bronze, as figuras tinham um acabamento
áspero. As estátuas eram pequenas, com um aspecto muito natural.
Foram também encontradas esculturas de homens e representações de
animais, sobretudo touros.
Arquitetura
Na
maior ilha grega do Mar Egeu, a Ilha de Creta, se desenvolveu a
brilhante civilização cretense. A arquitetura cretense sofreu forte
influência das civilizações do Oriente Próximo, por volta do III
milênio a.C. e deixou vestígios de grandiosos palácios com teatros
ao ar livre, labirintos com salas e corredores, e visava sobretudo o
conforto da realeza. Os palácios possuíam quartos decorados,
oficinas, redes de água e esgoto, denotando alto nível de
civilização e organização social. As moradias foram construídas
com solidez e conforto, porém sem encantamento ou beleza. Estudos
arqueológicos acusaram uma catástrofe em Creta, por volta de 1750
a.C., que soterrou os palácios.
Foram
encontradas as ruínas das cidades de Cnossos e Faístos.
Posteriormente outros palácios foram erguidos, como o Palácio de
Cnossos, enorme, com sala do trono, teatro, pátio central com mais
de 10.000 metros quadrados, somando 1300 divisões.
Arte
Grega
Foram
os micênios que criaram as primeiras obras gregas, depois que seus
palácios foram destruídos. Houve uma época muito pobre
artisticamente, apenas a cerâmica de Atenas se desenvolveu. Devido
ao contato entre os gregos e os povos orientais, a arte grega
desenvolveu-se com características próprias, como o ritmo, o
equilíbrio, a harmonia, um profundo humanismo e a eterna busca da
perfeição. Seus ideais de beleza foram imitados por romanos,
renascentistas e até hoje influenciam a arte.
Pintura
Os
gregos antigos dedicavam-se mais à arquitetura e à escultura do que
à pintura. Quase toda a pintura grega que chegou aos nossos dias
encontra-se em peças de cerâmica, especialmente vasos. Os gregos
faziam vasos de belas formas e os decoravam com cenas da vida diária
e histórias de seus deuses e heróis.
Artistas
gregos do final do século VI e do século V a.C. pintavam figuras
negras sobre a cerâmica de cor natural vermelha. Este método
tornou-se conhecido como "o estilo da figura negra". Um
pintor chamado Exekias era mestre desse estilo.
A
partir de 530 a.C., aproximadamente, artistas gregos criaram "o
estilo da figura vermelha", o inverso do estilo anterior. Os
artistas pintavam a cerâmica em negro e deixavam aparecer o fundo
vermelho natural nas formas de suas figuras. Os pintores deste
estilo, assim como os escultores gregos desse período, criaram
figuras altamente realistas. Este estilo tornou-se a principal
característica da chamada arte clássica dos gregos e romanos.
Escultura
Os
primeiros escultores gregos fizeram trabalhos simples, mas aprenderam
aos poucos a fazer figuras realistas, estilo que foi copiado até o
fim do século XIX. Houve três períodos na escultura grega: a
escultura arcaica, a clássica e a helenística. Primeiramente os
artistas só sabiam fazer pequenas figuras de argila e bronze. Com os
fenícios e outros povos do Oriente, os gregos aprenderam a fazer
figuras de argila com moldes; neste período arcaico desenvolveram um
estilo rígido. No fim do século VIII a.C., os gregos aprenderam a
fazer estátuas maiores com os egípcios e como trabalhar em pedras
mais duras como o mármore branco. Com o tempo foram se aperfeiçoando
e conseguiram fazer figuras mais vivas. Entalharam muitas figuras de
homens nus, em pé, representavam servidores no templo de um deus;
estas figuras chamavam-se curos.
As
figuras femininas eram chamadas de corês, estavam sempre vestidas,
em posição frontal e com expressão calma. No período clássico,
aprenderam a fazer roupas com pregas, às vezes soltas, às vezes
grudadas no corpo. Faziam esculturas de deuses, que para eles
pareciam muito com os homens. A primeira escultura clássica
importante apareceu no templo de Zeus, em Olímpia. O ponto
culminante desta fase são as esculturas do Partenão em Atenas. Aos
poucos as esculturas das figuras humanas passaram a ser mais fortes e
as femininas já apareciam nuas.
Entre
os escultores estão Lisipo, que fez figuras atléticas, e
Praxíteles, com suas deusas e deuses num estilo suave e harmonioso.
Não podemos deixar de citar a grandiosa Vênus de Milo, de autor
desconhecido. A escultura de retratos começou neste período.
Alexandre, o Grande, com suas conquistas, levou a cultura grega ao
Egito e ao Oriente, depois de sua morte, e seu império foi dividido
em reinos menores. Nestes reinos, as cortes encorajaram escolas de
arte locais e houve então uma mistura de suas idéias com a arte
grega; como resultado surgiu a arte helenística. Uns seguiam o
estilo mais clássico enquanto outros preferiam figuras mais ativas e
dramáticas. Entre as escolas mais famosas desta época destacam-se
as que se localizavam em Rodes, Pérgamo e Alexandria.
Arquitetura
As
construções gregas exibem belos templos, teatros, ginásios
(edificações para a cultura física) e praças (lugar onde os
gregos se encontravam para conversar e filosofar). Desses monumentos,
o que desperta maior interesse são os templos. Construídos sobre
uma base de três degraus, se erguiam colunas que sustentavam a
arquitrave, o friso e a cornija, segundo modelos da ordem dórica
(simples e maciça. O fuste da coluna era monolítico e grosso. O
capitel era uma almofada de pedra. Nascida do sentir do povo grego,
nela se expressa o pensamento. Sendo a mais antiga das ordens
arquitetônicas gregas, a ordem dórica, por sua simplicidade e
severidade, empresta uma idéia de solidez e imponência), ordem
jônica (representava a graça e o feminino).
A
coluna apresentava fuste mais delgado e não se firmava diretamente
sobre o estilóbata, mas sobre uma base decorada. O capitel era
formado por duas espirais unidas por duas curvas. A ordem dórica
traduz a forma do homem e a ordem jônica traduz a forma da mulher) e
ordem coríntia (o capitel era formado com folhas de acanto e quatro
espirais simétricas, muito usado no lugar do capitel jônico, de um
modo a variar e enriquecer aquela ordem. Sugere luxo e ostentação).
Arte
Etrusca
Os
etruscos vieram da Ásia Menor e fixaram-se na Itália Central, onde
hoje é Toscana. Sua arte mostra a relação que mantinham com a
Grécia e o Egito. Os etruscos trabalhavam muito bem o bronze,
possuíam avançados processos na confecção de jóias de ouro,
prata e marfim. Também desenvolveram uma louça polida. Sua arte
expressava a realidade cotidiana, um grande conhecimento da natureza
e um culto aos mortos. Suas figuras humanas mostravam vitalidade e
grande detalhamento. O povo etrusco deixou como legado necrópoles
(cemitérios), cidades e sítios arqueológicos de grande beleza. A
arte etrusca exerceu grande influência na cultura romana.
Pintura
A
pintura etrusca se destaca nos afrescos sobre paredes de pedra e
tumbas pintadas. Numa fase inicial, esta arte representava momentos
de festa, num desenho forte com cores brilhantes e uniformes. Depois
passou a ser mais sombria, com cenas de festejos e cortejos fúnebres.
Todas as cenas destes acontecimentos eram reproduzidas em suas
pinturas, onde figuravam vários personagens. Faziam também retratos
de mortos, dando muito destaque para a fisionomia da pessoa.
Escultura
Aprenderam
escultura com os gregos estabelecidos no centro da Itália.
Especializaram-se em bronzes e em trabalhos de terracota que pintavam
em cores vivas. Suas estátuas eram em tamanho real. Os etruscos
também entalhavam numa pedra macia, chamada tufo. Essas obras
incluem animais que eram usados para guardar as sepulturas, e relevos
que decoravam as caixas que continham as cinzas do morto. Gostavam de
esculpir figuras horríveis e retratos, principalmente de
antepassados. Entretanto, os artistas etruscos adotaram aos poucos o
estilo clássico dos gregos.
Arquitetura
Estudos
arqueológicos revelam que a civilização etrusca deixou os
primeiros sinais de sua arquitetura já no século 2 a.C., apesar de
ignorados e diminuídos por milhares de anos, resgatando enfim sua
importância e contribuição na história pré-romana. Os primeiros
assentamentos foram conjuntos de cabanas que evoluíram para
construções retangulares com coberturas e alicerces de pedra,
posteriormente palácios e verdadeiras cidades, já no século 7 a.C.
Os etruscos ocuparam parte do Centro-Norte da Itália e construíram
as primeiras cidades. As escavações realizadas próximas à
Florença, Bolonha, Perugia e Pisa têm apresentado ruínas de
fortificações, oficinas de artesãos e verdadeiras olarias para
produção de tijolos para as construções de palácios e templos.
Foi
também comprovado através das escavações o planejamento urbano,
identificado por traçados de ruas, região de moradores, região
industrial, edifícios públicos e estradas pavimentadas com pedras,
como se fossem trilhos. Essas revelações enaltecem a civilização
etrusca, sua arte e arquitetura monumental, utilizando algumas das
mais antigas terracotas arquitetônicas na Itália.
Arte
Romana
A
arte romana recebeu influência da arte etrusca, que era popular e
retratava a realidade, e da grega, que dava uma grande importância à
beleza. Como tinham grande admiração pela arte grega, os romanos
basearam toda a sua criação nas fontes gregas. Muitos de seus
artistas eram de origem grega e apesar de copiarem muitas coisas,
tinham uma temática diferente, aproximavam-se mais da realidade e
davam muito valor ao traço fisionômico das pessoas. Decoraram vilas
e palácios, faziam pintura de mural e reproduziam efeitos de
profundidade. Destacaram-se na arquitetura.
Pintura
Os
artistas romanos sofreram grande influência dos gregos. Os pintores
romanos davam às figuras de suas obras a mesma aparência natural
encontrada na escultura clássica grega e romana. Os artistas romanos
acentuavam o realismo de seus trabalhos pintando convincentes ilusões
de profundidade, sombreamento e luz refletida. Criar a ilusão de
profundidade é chamado desenhar em perspectiva. Os romanos foram dos
primeiros a desenvolver essa importante técnica.
Alguns
dos melhores exemplos de pintura romana foram encontrados nas ruínas
de Pompéia. A casa de dois irmãos chamados Vettius contém afrescos
pintados meticulosamente, que retratam histórias acerca de Íxion,
herói mítico.
Escultura
A
escultura romana primitiva foi influenciada pelos etruscos e pelos
gregos. Quando os romanos conquistaram a Grécia e os reinos
helenísticos, trouxeram muitas estátuas gregas para Roma e
encorajavam os artistas gregos a trabalharem para os romanos. Os
retratos foram muito importantes na escultura romana, como se
encontram em bustos e personalidades; eram mais realistas que os
gregos, principalmente nas formas do rosto. Os escultores romanos
faziam uma cabeça e aproveitavam o corpo de um deus esculpido por um
grego, copiavam escultoras gregas e faziam suas modificações. Os
romanos eram muito religiosos e muitos de relevos feitos em altares
mostram cerimônias e histórias simbólicas. Eles também se
interessavam muito em mostrar acontecimentos históricos, como se
nota em suas colunas. As decorações nos ataúdes tinham muito do
estilo grego, mas suas idéias sobre a morte eram romanas e mais
tarde cristãs.
Arquitetura
A
arquitetura romana traduz diversas características marcantes. As
construções eram de extrema grandeza material e realismo.
Identificamos essas características através das funções para as
quais foram construídas. São elas:
1)
Religião: Templos
Local
construído para reunião do povo e a prática dos cultos. Não se
sabe muito sobre os templos romanos e o mais conhecido foi chamado de
Panteão, em Roma.
2)
Comércio e civismo: Basílica
Local
construído para as operações comerciais e jurídicas. Sua planta
era grande e retangular, dividida por colunas. Com o advento do
Cristianismo, passou a designar uma igreja com certos privilégios. A
mais conhecida chamava-se Basílica Julia (iniciada no governo de
Julio Cesar).
3)
Higiene: Termas
As
termas eram compostas por piscina, jardins, ginásio. Além de serem
casa de banho, funcionavam como um centro de reuniões sociais e
esportivas de Roma. A mais famosa chamava-se Caracala.
4)
Divertimentos: Circos, Teatros, Anfiteatros, Ginásios
Sofreram
forte influência grega e objetivavam a realização de diversos
eventos. O mais importante era o circo, realizando corridas de
cavalos, lutas, torneios. Podemos visitar as escavações e ruínas
do mais importante circo de Roma, chamado Circus Maximus. Os teatros
ocupavam um espaço de destaque na arquitetura romana com cenários
versáteis, giratórios e substituíveis. O mais célebre chamou-se
Marcellus. Os anfiteatros abrigavam o povo romano para assistir às
lutas de gladiadores, um espetáculo que podia ser apreciado de
qualquer ângulo devido ao estilo da construção. O mais belo
anfiteatro romano chamou-se Coliseu e podemos conferir suas ruínas
no centro de Roma. Uma construção de vários andares, com
capacidade para 40.000 pessoas sentadas e 5000 em pé, toda
ornamentada com esculturas e colunas dóricas, jônicas e coríntias.
5)
Monumentos Decorativos: Arco de Triunfo e Coluna Triunfal
Ressaltamos
também na arquitetura romana os monumentos decorativos como o Arco
de Triunfo, em homenagem aos imperadores e generais vitoriosos e
Coluna Triunfal, narrando e comemorando feitos históricos. O mais
famoso é o Arco de Tito, todo construído em mármore, no Fórum
Romano e a mais importante é a Coluna de Trajano, com friso em
espiral e narrativas em baixo-relevo.
6)
Moradia: Casa
As
casas romanas eram construídas ao redor de um pátio chamado Atrio.
Arte
Paleocristã
A
arte paleocristã como expressão simples e simbólica, originou-se
dos cristãos, seguidores dos ensinamentos de Jesus Cristo. Surgiu
então a arte cristã primitiva. Com o nascimento de Cristo, uma nova
era ameaçou os romanos, desencadeando a perseguição aos cristãos
e seu "Rei Espiritual" e "Profeta". Esta fase de
perseguição ficou registrada nas catacumbas (cemitérios
subterrâneos) onde os cristãos celebravam seus cultos. Estas
catacumbas se localizam em Roma e as pinturas simbólicas expressam
bem os sentimentos da época. A simbologia das pinturas exibe peixes,
ovelhas, cordeiros que traduzem nossas passagens bíblicas, Jesus, o
Pastor e seus seguidores. Podemos visitar as catacumbas de Santa
Priscila e Santa Domitila, próximas de Roma. A perseguição aos
cristãos levou três séculos até que o Imperador Constantino
reconheceu o Cristianismo, dando início à segunda fase da arte
paleocristã que envolveu a utilização das basílicas cedidas pelos
romanos aos cristãos para suas celebrações. A arte dos mosaicos
utilizada nas basílicas expressava as passagens do Antigo e Novo
Testamento e também apareceram nos mausoléus e sarcófagos usados
pelos cristãos mais ricos.
Pintura
A
pintura paleocristã é bastante escassa e totalmente simbólica.
Restaram alguns afrescos, encontrados nos muros das catacumbas; seus
temas eram sempre baseados no Cristianismo, podiam representar
orações, figuras humanas e de animais, símbolos cristãos e
passagens dos Evangelhos e cenas típicas da vida religiosa da época.
Escultura
A
escultura se destaca mais por seu significado e simbolismo do que
pelas formas e é encontrada nos sarcófagos. Baixos relevos de pouca
qualidade transmitem a espiritualidade. Suas figuras dão ênfase às
cabeças, que seriam para eles o centro da espiritualidade. Existem
poucas estátuas e quase sempre representavam o Bom Pastor. As
decorações dos sarcófagos compreendiam cenas em seqüência,
personagens entre colunas e um medalhão central.
Arquitetura
A
arquitetura paleocristã foi simples e caracterizada pela simbologia
das passagens da Bíblia. Destacamos numa primeira fase catacumbas e
cemitérios subterrâneos em Roma para celebração de cultos
cristãos.
Ainda
hoje podemos visitar as catacumbas de Santa Domitila e Santa
Priscila. Com a legalização do Cristianismo, surgem as basílicas,
edificações enormes com 3 naves e um portão principal na fachada,
destinadas ao comércio e assuntos judiciais. Com o fim da
perseguição aos cristãos, os romanos cederam algumas basílicas
para os cultos cristãos. As basílicas cristãs foram revestidas com
mosaicos contando passagens do Antigo e Novo Testamento. Os mausoléus
e sarcófagos, utilizados pelos mais ricos, também receberam esse
mesmo material.
Arte
Bizantina
Arte
bizantina é uma expressão artística que teve início a partir do
século VI, fortemente enraizada no mundo helenístico e como
continuação da arte paleocristã. Era uma mistura do luxo e riqueza
oriental com a sobriedade dos romanos. É uma arte religiosa. Seu
centro foi a antiga colônia grega Bizâncio, onde no ano de 330,
Constantino fundou a cidade de Constantinopla, hoje Istambul; foi a
primeira grande arte cristã; se preocupava mais com a sensibilidade
e força primitiva do que com a beleza física. Em seus primeiros
momentos se mostrou conservadora, transmitindo formas artísticas que
influenciaram muito a cultura ocidental medieval. Os períodos de
arte bizantina se ajustaram às grandes fases de sua história
política. Na epoca de Justiniano, se inicia a primeira etapa
especificamente bizantina: a Primeira Idade de Ouro que compreende os
séculos VI e VII, é a etapa de formação da arte bizantina em seus
aspectos básicos. Em torno de 850, teve início a Segunda Idade de
Ouro, que durou até a tomada de Constantinopla pelas cruzadas; nesta
época se consolidam os aspectos formais e espirituais, é verdadeira
arte criadora, definindo a estética bizantina. A terceira Idade do
Ouro se centrou no século XIV e terminou com a tomada de
Constantinopla. Depois, o estilo bizantino floresceu nos países
eslavos, Rússia e sudeste da Europa.
Pintura
A
partir do século IV, os cristãos orientais gradualmente se
separaram dos ocidentais, que se submetiam ao papa. A arte dos
cristãos orientais é chamada bizantina porque a religião tinha seu
centro em Bizâncio. No século V, os artistas bizantinos tinham
criado um estilo particular de pintura religiosa, estilo este que
permaneceu quase inalterado até os dias de hoje. As pinturas
bizantinas apresentam figuras coloridas, mas irreais, que representam
mais figuras religiosas do que pessoas humanas.
Escultura
Os
escultores bizantinos faziam peças muito ligadas a motivos
religiosos, com uma mistura de influências orientais e romanas.
Em
sua primeira fase, dedicavam-se ao baixo relevo em mármore, pedra,
madeira e marfim. Surgiram depois trabalhos ornamentais em capitéis
com motivos vegetais e animais e em sarcófagos. Mas as obras
principais da escultura bizantina são as pequenas peças.
Suas
obras cuidam pouco do semblante, são frontais e formais, os olhos
grandes e olhando para cima, pretendendo transmitir inquietações.
As grandes estátuas são de mármore, as pequenas organizadas em
dípticos portáteis feitos em marfim.
Apesar
de escassas, entre suas obras destacam-se: o díptico Barberine, a
famosa cadeira do Bispo Maximiano, em Ravena esculpida sobre placas
de marfim, no ano 533.
Arquitetura
A
arte bizantina sofreu influências de Roma, Grécia e também do
Oriente. A integração dos elementos culturais desses povos formou o
primeiro estilo de arte cristã, rica em técnica e cor. Nesse
período, a religião regia as artes, e na arquitetura não aconteceu
diferente.
A
arquitetura bizantina foi marcada pelas construções de igrejas,
termas, teatros e palácios ricamente construídos e decorados. As
igrejas receberam mais atenção, elas eram edificações enormes,
planejadas sobre uma base circular, quadrada ou octogonal, com
imensas cúpulas; suas paredes e abóbadas eram revestidas de
mosaicos, confeccionados com técnicas diferentes dos romanos,
exibiam um vidro brilhante e extremo realismo, com as pessoas
representadas de frente e verticalizadas, criando uma espiritualidade
sinistra e utilizando o dourado em demasia para enaltecer o ouro, a
riqueza da terra. Destacamos a Igreja de Santa Sofia, em Istambul,
como o maior monumento da arte e arquitetura bizantina.
Arte
Islâmica
Os
muçulmanos levaram um certo tempo para encontrar sua identidade
artística por serem nômades, terem convivido com diversos povos
conquistados por eles e inevitavelmente absorveram seus estilos.
Entretanto souberam filtrar e escolher esses sentimentos para
transformá-los na identidade própria da arte islâmica. Ela é
conceitual e religiosa. Combina traços ornamentais com escrita,
identificando sempre o religioso e o belo de acordo com os preceitos
muçulmanos. A arte islâmica num primeiro momento parece voltada
para os ricos. No entanto a importância da religião como base para
a organização social e política da vida muçulmana conscientiza
toda a comunidade descaracterizando este preconceito. As pinturas
islâmicas são representadas por afrescos e miniaturas. Enfeitavam
paredes de palácios, mesquitas e prédios públicos. Sofreram
influências helênicas, indianas, bizantinas e chinesas. Usavam o
dourado como fundo. Na arte islâmica aparecem também a técnica dos
mosaicos figurativos e arabescos.
Pintura
A
pintura islâmica é basicamente o embelezamento de livros graças à
caligrafia e às ilustrações. Para aumentar a beleza dos livros,
calígrafos copiavam textos com lindas letras e artistas
acrescentavam ilustrações. Os primitivos artistas islâmicos
decoravam as páginas com desenhos rebuscados, porque sua religião
proibia a reprodução de animais e seres humanos. Só mais tarde
artistas islâmicos, principalmente os que viviam na Pérsia,
começaram a pintar figuras humanas e animais. Além do Corão, livro
sagrado do islamismo, os artistas persas ilustraram coleções de
fábulas, histórias, poemas de amor e obras científicas.
Escultura
A
maior parte da escultura islâmica era feita em metal: ouro, prata e
bronze.
Como
não podiam retratar pessoas, artesãos esculpiam arabescos, figuras
de animais e desenhos geométricos, encontrados esculpidos em seus
frisos. Sua arte era usada somente para decoração. Pouco restou de
sua escultura; é famosa "Os Leões de Alhambra" que se
encontra no Patrimônio Histórico de Alhambra, em Granada na Espanha
e o trono em mármore do Palácio de Gulistan em Teerã.
Arquitetura
A
arquitetura islâmica se preocupou com formas geométricas, como o
quadrado e o cubo. Os palácios e castelos, onde residiam os emires
(governantes), possuíam forma quadrangular, eram cercados de
muralhas, parecendo fortalezas e constituíam uma arquitetura de
segunda classe, o que não ocorria com a arquitetura sagrada. A
exemplo disso temos a Grande Mesquita de Damasco e a Cúpula da Roca,
em Jerusalém.
Fonte: