Idade
Média
Arte
Celta - Arte Românica - Arte Gótica
A
arte na Idade Média transmite uma verdadeira integração da pintura, escultura e
arquitetura marcados pela arte românica no final do século XI. Preocupa-se em
transmitir valores religiosos através da técnica dos afrescos nas grandes
decorações murais. As obras expressam esse sentimento místico dos artistas. O
colorismo emprega cores chapadas, sem preocupação com meios tons ou jogos de
luz e sombra. Não existe a menor intenção de imitar a natureza. Mais tarde, nos
séculos XII, XIV e no início do século XV, com a predominância da arte gótica,
começa a ganhar novas características que prenunciam o Renascimento. Sua
principal particularidade foi à procura do realismo na representação dos seres
pintados.
A
pintura medieval refere-se à maior parte da arte produzida na Europa durante um
período de cerca de mil anos; começou com a queda do Império Romano no século V
D.C. e terminou com o começo do Renascimento, no século XIV. A sociedade
européia medieval girava em torno do cristianismo. Assim, a pintura medieval
refletia esta atitude. E era a fonte principal de seus temas. Estes artistas
não estavam interessados em técnicas, ignorava a perspectiva, seus trabalhos
eram sem relevo e faziam grande uso de símbolos para narrar histórias. Em fins
do século XIII um artista italiano chamado Giotto criou um estilo realista que
marcou o fim do período medieval na história da arte e o começo do
Renascimento.
Arte
Celta
A
arte celta se desenvolveu na Europa central e ocidental e se estendeu por mais
de um milênio. Seu estilo, bem definido, apresenta uma grande variedade de
formas, onde se destacam os trabalhos em metal, construções em pedra e
iluminuras. Seu estilo apresenta características diversas; no estilo primitivo
se encontram braceletes de ouro, inspirados por gregos e etruscos e grandes
objetos em bronze descobertos em
tumbas. O segundo estilo, quando sua arte se expandiu para a
Grécia e Itália, mostraram avanços na joalheria e utensílios de combate. No
estilo plástico, artistas mostraram uma qualidade tridimensional em suas
composições, dando maior importância às formas humanas e animais. O estilo
chamado "espadas da Hungria" corresponde a decorações gravadas em espadas. Em contraste
com o estilo plástico, este período mostrava uma arte plana e abstrata.
Pintura
Surgiu
entre as tribos da Irlanda e de outras partes do norte da Europa. Seus artistas
se tornaram famosos por suas famosas iluminuras (ilustrações) em edições da
Bíblia. O estilo celta dava destaque a desenhos abstratos e linhas entrelaçadas
de arranjo complexo. Escolas de iluminura surgiram em cortes e mosteiros por
toda a Europa. A escola carolíngia foi talvez a mais importante; apareceu no
século IX, durante o reinado do famoso imperador Carlos Magno.
Escultura
A
escultura celta não é abundante, os celtas combinaram em suas figuras, formas
tradicionais de arte com temas cristãos. Usaram um estilo ornamental
complicado, com desenhos entrelaçados, que aparecem em muitas das cruzes
celtas. Suas figuras são rudes e agressivas, mas expressivas; apresentam lábios
grossos, olhos redondos e nariz pequeno. Eram feitas em argamassa e embutidas
em nichos.
Arquitetura
A
arquitetura celta não foi marcada pelos grandes monumentos e não há registros
de que o povo celta era dado à arquitetura e engenharia. Os celtas se
preocupavam com a arquitetura de sobrevivência e segundo estratégias puramente
sócio-militares. O seu povoado se estabelecia em locais altos e de difícil
acesso. O que se sabe bem, é que seus interesses eram voltados para a
astronomia e filosofia. O auge da expansão celta ocorreu no século III a.C.
Eles moravam em aldeias muradas, em casas de madeira, com piso lajeado. Os
poucos edifícios da aldeia eram construídos de tijolos e havia um pequeno
santuário.
Arte
Românica
Apesar
de o estilo românico ter dominado toda a Europa Ocidental, ele assumia
características diferentes em cada região dependendo das influências recebidas
dos vários povos. Entretanto, em todos eles dominava a religião cristã. Seus
artistas anônimos representavam em sua arte os seus sentimentos, não procuravam
a perfeição, mas transmitir sua mensagem. A arquitetura se destacou por
construções de igrejas e mosteiros, estes cercados por grandes muros, para
proteção do mundo exterior.
Pintura
Nos
séculos XI e XII, um estilo bastante uniforme de pintura chamado pintura
românica, surgiu na Europa ocidental. Ela combinava elementos da arte clássica
romana e da arte cristã primitiva, bizantina e carolíngia. Apareceu mais ou
menos na mesma época em que muitas igrejas foram construídas a fim de atender
às necessidades do cristianismo em expansão. Seus artistas pintaram lindos afrescos
nas paredes das igrejas As pinturas não têm perspectiva, mas mostram muito
cuidado na composição. Algumas destas pinturas parecem páginas coloridas de
bíblias com iluminuras que tivessem sido ampliadas e transferidas para as paredes.
Escultura
A
escultura românica era realista, suas figuras retratavam as pessoas como
realmente eram. Suas figuras eram alongadas, com rostos formais, mas sem
expressão. Também se caracterizavam pelo uso de linhas estilizadas e
decorativas para o drapeado. Bustos de imperadores eram esculpidos em datas
comemorativas e para serem venerados. Para imortalizar as batalhas e a coragem
de seus soldados, os escultores faziam figuras em baixo relevo na pedra. Os
artistas dedicavam grande parte de seu tempo na decoração de igrejas.
Arquitetura
A
arte românica surgiu no final do século XI e sua arquitetura sofreu influências
das construções dos antigos romanos. As características que marcaram a
arquitetura românica foram as abóbadas das basílicas, os pilares fortes e
maciços, as paredes espessas com pequenas aberturas funcionando como janelas,
as torres e os arcos. A igreja românica era chamada "fortaleza de
Deus" e percebemos claramente isso por seu tamanho e estilo arquitetônico
duro.
Não
possuía característica refinada da nobreza e sim um estilo clerical. A mais
famosa igreja românica foi a Catedral de Pisa e a beleza de seu campanário.
Hoje é conhecida como Torre de Pisa, aquela que está inclinada porque o terreno
cedeu.
Arte
Gótica
A
arte gótica surgiu na França e se espalhou rapidamente através da Europa
ocidental. Ela foi um prosseguimento da arte românica e conseguiu um perfeito
equilíbrio de expressão. Neste estilo o que mais se destaca é a arquitetura; o
clima religioso da época favorecia a construção de igrejas, com linhas
ascendentes que terminavam em abóbadas; os vitrais tiveram também grande
importância, pois com seus coloridos e a variedade dos seus mosaicos de vidro,
atenuavam a luz no interior. Entre as mais famosas igrejas góticas estão Notre
Dame, na França, Wetsminster, na Inglaterra e a catedral de Colônia na
Alemanha.
Pintura
No
século XIII, a arquitetura gótica tomou o lugar da românica, como o estilo de
muitas igrejas européias. O estilo gótico de arquitetura caracterizava-se por
grandes janelas que tomavam amplo espaço nas paredes em que, igrejas românicas,
os artistas teriam pintado afrescos. Os artistas fecharam essas janelas com
vitrais de lindas cores, que narravam histórias religiosas. No norte da Europa,
a pintura de afresco decaiu neste período e muitos pintores dedicavam-se então
a iluminuras.
Eles
ornamentavam as caras cópias manuscritas dos evangelhos e livros de oração. As
cores e desenhos dos vitrais influenciaram os pintores de manuscritos góticos.
Muitos destes artistas deram preferência aos azuis e vermelhos brilhantes que
eram comuns nos vitrais. Dividiam suas figuras em compartimentos parecidos com
os mesmos painéis dessas complexas janelas.
Escultura
As
primeiras esculturas góticas apareceram em Paris, França. Os escultores fizeram
trabalhos formais e estilizados, os rostos das figuras são humanos e naturais.
Os túmulos esculpidos tornaram-se numerosos; a princípio, escultores só
decoravam os túmulos dos reis e de grandes personalidades, com imagens destas
pessoas. Mais tarde também os cavaleiros e membros inferiores da nobreza
conseguiram que escultores entalhassem figuras em seus túmulos. Alguns anos
mais tarde, tanto nas estátuas pequenas como nas grandes, as figuras apareceram
com poses afetadas e rostos sorridentes.
Com
o declínio da construção das igrejas, escultores passaram a decorar seus
interiores com altares e figuras de santos. Criaram figuras religiosas e
gárgulas. Também usavam ferro para muitas finalidades decorativas como nos
biombos dos coros; especialistas em metal produziram cálices e outros objetos
usando filigranas, esmaltes e pedras preciosas. Artesãos esculpiram em marfim,
relicários de igreja e outros objetos.
Arquitetura
A
arquitetura gótica civil e religiosa floresceu nas últimas décadas do século
XVI. Suas características mais marcantes foram os arcos ogivais (forma típica
das abóbadas das igrejas góticas, formadas pelo cruzamento de dois arcos iguais
que se cortam superiormente) e vitrais super coloridos que filtravam a luminosidade
para o interior da igreja. A rosácea foi muito utilizada nas construções das
igrejas. O estilo gótico foi uma continuação do estilo românico. A principal
diferença apresentou-se nas fachadas.
A
arquitetura gótica possui três portais dando acesso às três naves do interior
da igreja, sendo uma nave central e duas naves laterais, enquanto a românica
possui um só portal na fachada. As catedrais góticas mais conhecidas são:
Catedral de Notre Dame de Paris e a Catedral de Notre Dame de Chartres.