Gêneros
Teatrais
Tragédia
Gênero teatral que aborda questões importantes quanto ao significado da existência humana, a natureza moral e as relações sociais ou psicológicas do homem.
Comédia
Baseia-se em algum episódio ou comportamento exagerado, deve ser ao mesmo tempo engraçada e crítica, raramente enfoca as questões morais ou filosóficas, mas mostra o homem dentro de suas relações sociais. A farsa é um tipo de comédia que explora situações ridículas e cômicas.
Drama
Retrata as angústias e as esperanças humanas de maneira mais realista e verdadeira, gira em torno de um conflito moral.
Vaudeville
É uma comédia teatral, com origem no século
XVIII, com temas diversificados, canto e dança com o objetivo principal de
divertir a platéia.
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Pantomima
Peça de teatro em que os atores representam apenas por gestos.
Teatro
Brasileiro: Grupos
Teatrais
Os Comediantes
Grupo
teatral que apresentou em 1938 Vestido de Noiva, espetáculo que foi o marco da
arte cênica modernista nacional. O grupo, anteriormente conhecido como Os
Independentes, venceu nesse mesmo ano um concurso de teatro amador promovido
pela Associação dos Artistas Brasileiros. Para enriquecer o talento das
apresentações, nada menos que Ziembinski na direção e iluminação das
montagens. Os Comediantes encenaram peças de grandes autores do teatro nacional
e internacional. A última temporada do grupo apresentou uma nova montagem de
Vestido de Noiva, com a atuação de Cacilda
Becker e Maria Della Costa, em 1947.
TBC - Teatro Brasileiro de Comédia
O
teatro de comédia marcou seu início e conquistou seu espaço nas décadas de 30 e
40. Os espetáculos eram de muito humor e apenas um ator encenava e abusava de
seu poder de comunicação e improviso. Em geral, o ator principal era o dono da
companhia e a maior atração.
Já nos anos 40, essa mentalidade começou a se
transformar. Surgiram os grupos de amadores, que eram formados por estudantes,
intelectuais e profissionais liberais. Décio de Almeida Prado fundou o Grupo
Universitário de Teatro. Formou-se o Grupo de Teatro Experimental de Afredo
Mesquita e a primeira escola de atores do Brasil, a EAD - Escola de Arte
Dramática, em São
Paulo. Com essas inovações, uma transformação marcou
sensivelmente os textos e a técnica teatral. Em 1948, o italiano Franco Zampari
realizou uma grande reforma num casarão, apoiado por um grupo de empresários, e
inaugurou em 11 de outubro do mesmo ano o TBC - Teatro Brasileiro de Comédia.
Esse espaço tinha 18 camarins, duas salas de ensaio, uma sala de leitura,
oficina de carpintaria e marcenaria, almoxarifados para cenografia e figurinos,
modernos equipamentos de som e luz. Um verdadeiro sonho para a época. O
espetáculo duplo de estréia foi "A Voz Humana", interpretado por
Henriette Morineau e "A Mulher do Próximo", com a jovem atriz Cacilda
Becker. Procópio Ferreira, Dulcina de Morais, Ziembinski, Cacilda Becker,
Sérgio Cardoso, Paulo Autran, Tônia Carrero e muitos outros são exemplos dos
grandes nomes do teatro brasileiro.
O
TBC marcou história no teatro brasileiro, pois formou gerações de atores,
diretores e dramaturgos que até hoje encenam nos palcos dos nossos teatros.
O Tablado
Foi
em 28 de outubro de 1951 que tudo começou. Num encontro em Ipanema, Maria Clara Machado, uma jovem atriz,
autora e diretora de teatro, reunida com colegas da classe artística, fundou o
grupo de teatro amador O Tablado. Com a responsabilidade da direção artística
do grupo, ela conseguiu um espaço beneficente, o Patronato da Gávea, onde se
estabeleceu a escola de teatro. Ali estreou a peça O Boi e o Burro a Caminho de
Belém. A talentosa Maria Clara Machado formou gerações de artistas no Rio de
Janeiro, entre eles Fernando Torres, Sérgio Viotti, Miguel Falabella, Marieta Severo e muitos outros.
O Oficina
O
Teatro Oficina foi fundado em 1961 por um grupo de estudantes da escola de
Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo. O grupo seguia a linha do teatro
tradicional e possuía grande experiência cênica internacional, com grandes
textos e montagens importantes. Destacou-se com a primeira peça apresentada Os
Pequenos Burgueses (1964). Depois vieram Andorra (1964) e Os Inimigos (1966).
Com o incêndio que destruiu a casa de espetáculos do Oficina, o grupo teatral
passou por uma fase de reflexões e mudanças. Em 1967, retornaram ao palco com a
montagem da peça Rei da Vela, de Oswald de Andrade, demonstrando uma nova
linha de trabalho que agradou bem mais o público por um longo período.
Apresentaram ainda Galileu Galilei (1968), Na Selva das Cidades (1969).
Incansável na busca de romper com as convenções, o Oficina encenou Gracias,
Senior (1972). O Oficina sucumbiu no final da década de 60, com os problemas
políticos internos que o grupo vivia e a rigidez da censura política da
ditadura.
O Arena
Formado
por um grupo de teatro voltado para uma interpretação bem brasileira e uma
linguagem coloquial, O Teatro de Arena alcançou seu primeiro sucesso com a
montagem da peça Eles Não Usam Black Tie. A partir daí um laboratório de
dramaturgia passou a criar textos focados na realidade brasileira, temas
brasileiros, como futebol, cangaço, operários das fábricas. Os espetáculos
foram sucesso de bilheteria. O Arena também inovou com os musicais e o teatro
encenado e discutido. Duas posturas no palco: o intérprete e o explicador, um
estilo de espetáculo.