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28 de junho de 2013
24 de junho de 2013
16 de junho de 2013
10 de junho de 2013
Cultura afro-brasileira
O Brasil tem a maior população de origem
africana fora da África e, por isso, a cultura desse continente exerce grande
influência, principalmente na região nordeste do Brasil. Hoje, a cultura
afro-brasileira é resultado também das influências dos portugueses e indígenas,
que se manifestam na música, religião e culinária.
Devido à quantidade de escravos recebidos e
também pela migração interna destes, os estados de Maranhão, Pernambuco,
Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio
Grande do Sul foram os mais influenciados.
No início do século XIX, as manifestações,
rituais e costumes africanos eram proibidos, pois não faziam parte do universo
cultural europeu e não representavam sua prosperidade. Eram vistas como retrato
de uma cultura atrasada. Mas, a partir do século XX, começaram a ser aceitos e
celebrados como expressões artísticas genuinamente nacionais e hoje fazem parte
do calendário nacional com muitas influências no dia a dia de todos os brasileiros.
Em 2003, a lei nº 10.639 passou a exigir que
as escolas brasileiras de ensino fundamental e médio incluíssem no currículo o
ensino da história e cultura afro-brasileira. Para ajudar na criação das aulas
e na abordagem pelos professores, o Sinpro-Sp preparou um site com várias dicas e material
para estudo.
Música
A principal influência da música africana no
Brasil é, sem dúvidas, o samba. O estilo hoje é o cartão-postal musical do país
e está envolvido na maioria das ações culturais da atualidade. Gerou também
diversos subgêneros e dita o ritmo da maior festa popular brasileira, o
Carnaval.
Mas os tambores de África trouxeram também
outros cantos e danças. Além do samba, a influência negra na cultura musical
brasileira vai do Maracatu à Congada, Cavalhada e Moçambique. Sons e ritmos que
percorrem e conquistam o Brasil de ponta a ponta.
- O samba é a principal influência da cultura africana e
cartão-postal musical do Brasil
Capoeira
Inicialmente desenvolvida para ser uma
defesa, a capoeira era ensinada aos negros cativos por escravos que eram
capturados e voltavam aos engenhos. Os movimentos de luta foram adaptados às
cantorias africanas e ficaram mais parecidos com uma dança, permitindo assim
que treinassem nos engenhos sem levantar suspeitas dos capatazes.
Durante décadas, a capoeira foi proibida no
Brasil. A liberação da prática aconteceu apenas na década de 1930, quando uma
variação (mais para o esporte do que manifestação cultural) foi apresentada ao
então presidente Getúlio Vargas, em 1953, pelo Mestre Bimba. O presidente
adorou e a chamou de “único esporte verdadeiramente nacional”.
Religião
A África é o continente com mais religiões
diferentes de todo o mundo. Ainda hoje são descobertos novos cultos e rituais
sendo praticados pelas tribos mais afastadas. Na época da escravidão, os negros
trazidos da África eram batizados e obrigados a seguir o Catolicismo. Porém, a
conversão não tinha efeito prático e as religiões de origem africana
continuaram a ser praticadas secretamente em espaços afastados nas florestas e
quilombos.
Na África, o culto tinha um caráter familiar
e era exclusivo de uma linhagem, clã ou grupo de sacerdotes. Com a vinda ao
Brasil e a separação das famílias, nações e etnias, essa estrutura se
fragmentou. Mas os negros criaram uma unidade e partilharam cultos e
conhecimentos diferentes em relação aos segredos rituais de sua religião e
cultura.
As religiões afro-brasileiras constituem um
fenômeno relativamente recente na história religiosa do Brasil. O Candomblé, a
mais tradicional e africana dessas religiões, se originou no Nordeste. Nasceu
na Bahia e tem sido sinônimo de tradições religiosas afro-brasileiras em geral.
Com raízes africanas, a Umbanda também se popularizou entre os brasileiros.
Agrupando práticas de vários credos, entre eles o catolicismo, a Umbanda
originou-se no Rio de Janeiro, no início do século 20.
Culinária
Outra grande contribuição da cultura
africana se mostra à mesa. Pratos como o vatapá, acarajé, caruru, mungunzá,
sarapatel, baba de moça, cocada, bala de coco e muitos outros exemplos são
iguarias da cozinha brasileira e admirada em todo o mundo.
Mas nenhuma receita se iguala em
popularidade à feijoada. Originada das senzalas, era feita das sobras de carnes
que os senhores de engenhos não comiam. Enquanto as partes mais nobres iam para
a mesa dos seus donos, aos escravos restavam as orelhas, pés e outras partes
dos porcos, que misturadas com feijão preto e cozidas em um grande caldeirão,
deram origem a um dos pratos mais saborosos e degustados da culinária nacional.
Fonte:
Atividade
- Porque no início do século XIX, as manifestações, rituais e costumes africanos eram proibidos?
- Qual é a maior festa popular brasileira em que o samba dita o ritmo?
- Além do samba, os tambores de África trouxeram também outros cantos e danças. Quais são?
- Por qual motivo inicialmente a capoeira era ensinada aos negros cativos?
- No Nordeste, originou-se uma das religiões mais tradicional e africana. Que religião é essa?
- Religião que se originou no Rio de Janeiro, no início do século XX, e que agrupou práticas de vários credos, entre eles o catolicismo. Que religião é essa?
- Qual a origem da popular feijoada? Por quê?
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